Minha Madrasta. ( Jenna G!P )

15

J. Ortega

Virei o copo de vodka de vez, sentindo o líquido queimar minha garganta. Abaixei a cabeça enquanto Rayssa não parava de me xingar, dizendo o quanto eu fui filha da puta.

— Você simplesmente disse que ia abandonar uma garota de dezoito anos grávida, que merda você tem na cabeça?

— Tá, porra, eu já entendi. Você repetiu isso mais de dez vezes. – Revirei os olhos.

— Tem que repetir pra você entender a merda que fez. – Suspirou, começando a andar de um lado pro outro, fazendo sua bunda balançar. — Você já conversou com ela?

— Você acha mesmo que ela iria querer me ver? Eu fiz uma merda das grandes, ela não vai me perdoar tão fácil. – Joguei a cabeça pra trás, encostando no sofá.

— Exatamente, mas você não vai abandonar ela. Ela está com raiva, sozinha, e grávida. Você precisa fazer algo, ela querendo ou não.

— É, mas eu não quero. Eu não quero criar uma criança agora, Rayssa, e ela já disse que não vai abortar. Então não tem nada que eu possa fazer.

— Tem sim, largar de orgulho besta e correr atrás dela. – Ouvi a voz de Emma, olhei pro lado e ela estava sentada na poltrona com suas moletas ao seu lado.

Ela veio pra cá ontem, e está hospedada em um hotel perto da praia. Decidi chamar ela pra casa da Rayssa também, já que eu não tinha ideia do que fazer e precisava de alguém pra me ajudar.

— Porra... vocês não entendem né? Ela tá grávida, porra, GRÁVIDA! Se a mídia souber que eu estou com uma garota de dezoito anos e engravidei ela, o que acha que vai acontecer? Vão me apoiar?

— Essa é a porra do seu problema, Ortega! Você se importa demais com o que as pessoas vão dizer, achar, ou comentar. A vida é sua, caralho! Eles não te dão comida, não pagam suas contas e muito menos tem algo a ver com sua vida, então para de viver por eles e aprende a viver por você. – Rayssa estava brava pra caralho, de um jeito que nunca vi antes. Suspirei e larguei o copo na mesinha do centro, processando sua fala.

— Eu seria capaz de perder tudo, Rayssa... isso não é só sobre minha vida. – Vi ela respirar fundo, se controlando pra não me dar um tapa daqueles.

— E quem liga? Você tem que assumir a porra das suas responsabilidades. Agora liga pra essa garota e se resolve com ela.

— Nem pensar. – Neguei. Rayssa veio até mim e pegou meu celular que estava em meu colo, logo apontando pra mim para desbloquear pela face.

Ela mexeu em algumas coisas e logo pude ouvir o barulho da chamada, foram vários toques, mas ela não atendeu. Rayssa não se cansou e ligou novamente, me fazendo revirar os olhos.

Meus olhos estavam em um ponto fixo no chão, enquanto as palavras dela estavam em minha mente. Eu realmente deveria ficar com Lizzie, cuidar dela nesse momento tão vulnerável, mas ela sabia porra, ela sempre soube que um filho agora, não era uma opção. Ela nem deveria me contar essa merda, só deveria abortar e pronto.

— Que porra você quer? – Me assustei ao ouvir sua voz. Rayssa sorriu convencida e me entregou o celular.

Minhas mãos suaram, me levantei do sofá rapidamente e fui pra outro lugar, finalmente falando.