J. Ortega
Senti minha cabeça doer assim que levantei da cama, rapidamente deitei de novo, vendo minha visão ficar turva.
Acabei bebendo pra caralho, como sempre ando fazendo todo fim de semana, e me fodi novamente. Minha vida está uma droga, então tudo o que faço é beber, transar e jogar.
Desde que saí de Madrid, me tornei alguém irreconhecível. Parece que virei outra pessoa, e todos dizem isso. Ele falam com motivos, já que até no futebol, eu mudei. Não ando tão pontual como antes, sempre chego nos treinos atrasada e meu desempenho nos jogos estão péssimos, não é atoa que fico no banco toda partida. Teve uma vez que quase me fodi pelos remédios que ando tomando para poder ficar acordada. Se eles descobrem, eu posso ficar sem jogar por meses ou até anos.
E eu mesma me pergunto o porquê estou vivendo assim, desse jeito. Eu deveria apenas aceitar tudo e seguir em frente, não? Eu não deveria me importar com nada, apenas viver para mim mesma. Mas eu acho que aí é que está o problema. Eu não sei viver apenas por mim, eu não sei fazer as coisas apenas por mim. Lizzie é meu motivo de tudo, sempre foi e sempre será.
Idai que eu transo com outras? Isso é só para tentar esquecer ela. Algo que não está funcionando há meses. Mas o que adianta se isso é a única coisa que me alegra ultimamente?
Me levantei da cama com o resto de força que tinha, indo até a janela. Abri uma pequena fresta já esperando o sol bater na minha cara, mas isso não aconteceu, já que ainda estava de noite. Talvez o sol já estivesse perto de nascer.
- Acordada a essa hora, amor? - Ouvi a voz sonolenta de Leah. Dei uma rápida olhada na mulher nua deitada na minha cama, suspirando em seguida.
- É, já está amanhecendo. - Peguei suas roupas que estavam no chão, jogando nela. - Acho melhor você ir.
Peguei minha cueca que estava na poltrona, a colocando rapidamente junto com minha bermuda, sentindo uma pontada na minha cabeça.
- Ir? Sozinha?
- É, você tem pernas. - Ouvi sua risada totalmente sem humor, enquanto ela se levantava para se vestir.
- Você deveria ter o mínimo de senso e me levar pelo menos até a esquina da minha casa. - Pegou seu celular. - São quatro horas da manhã!
- Idai? Que porra eu tenho a ver com isso? Arruma tuas coisas e vaza. - Respondi sem importância, colocando minha camisa.
Deu pra ouvir ela respirar fundo de longe, enquanto terminava de se vestir. A loira passou por mim pisando fundo, caminhando até a porta.
- Fique ciente de que eu nunca mais piso os pés aqui. - Após isso, fechou a porta com força.
- Filha da puta... - Coloquei a mão na minha cabeça, sentindo a dor aumentar.
Sai do quarto e caminhei até a cozinha, abri os armários procurando algum remédio, encontrando um na última prateleira. Abri o comprimido e peguei água na geladeira, tomando tudo de vez.
Pra quem está se perguntando quem é Leah, ela é a atendente gata do bar de Madrid. A loira veio pra Alemanha trabalhar aqui e coincidentemente encontrei ela num bar. Estamos ficando desde que vim pra cá, ou pelo menos ficávamos. Não sei se ela vai querer olhar na minha cara depois de hoje.
Mas porra, tô passando por várias coisas que resultam em atitudes minhas. Todo fim de semana depois que eu bebo, acabo ligando pra Lizzie e implorando para ela voltar, fico dizendo o que estou passando e me humilho cada vez mais. A verdade é que eu sou uma cuzona que não sabe lidar com nada, não sabe como agir e machuca as pessoas. Já faz oito meses desde nossa briga e eu simplesmente não esqueço de nada que aconteceu naquele dia, e provavelmente Lizzie também não.
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Minha Madrasta. ( Jenna G!P )
أدب الهواةAmor mais que proibido. Um desejo de ambas partes. Um prazer infinito. Jenna é uma jogadora de futebol, e isso a torna uma pessoa famosa. Pessoas ao redor do mundo sabem de quase tudo que acontece na sua vida, mesmo ela sendo reservada em relação a...