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J. Ortega

Desci as escadas do jatinho, sentindo a brisa do vendo bater contra meu rosto.

Fechei os olhos e respirei fundo, sentindo o cheiro que não sentia á anos. A última vez que eu vim ao Brasil, foi há nove anos atrás, pro casamento dos meus pais. Depois disso, nunca mais vim. Na verdade, nunca tive tempo. Eu sempre me importava em trabalhar e às vezes esquecia que tinha uma família em outro país.

Mas, realmente é assim, nós se esquecemos das coisas em um estalar de dedos. Pelo menos comigo, é assim.

Minha mãe sempre me incomodou pra eu vir visitá-los, e eu sempre dizia que ia na semana que vem, mas no fim, nunca ia. Sei que ela deve ter ficado triste com isso, mas não fazia sentido eu ir em um dia e ter que voltar no outro por causa dos jogos.

Senti alguém segurar na minha mão, abri os olhos e olhei, vendo Lizzie fazer um leve carinho nela. Sorri sem mostrar os dentes, agarrando sua mão de volta.

- Senhora, o carro está lhe esperando lá fora. - Talles parou ao meu lado, com suas mãos ocupadas pelas malas.

Fiz um aceno com a cabeça, me preparando pra ir. Fui informada que os fãs do Rio souberam que eu estava vindo pra cá, e então, fizeram uma multidão no aeroporto. Alguns seguranças que trabalham lá colocaram algumas grades, pra eles não ficarem muito em cima de mim.

Em partes, isso é bom, afinal eles demonstram o seu amor por mim. Mas em outra, é péssimo. Eu acabei de chegar de uma viagem cansativa, tudo o que quero é descansar, e não ter que atender milhares de pessoas. Mas eu tenho que agradecer por isso, sem eles, eu não seria nada.

A porta de vidro se abriu automaticamente com a proximidade em que estávamos, e então, pude ouvir uma gritaria. Coloquei meu melhor sorriso no rosto, indo até eles. Liz recuou um pouco, ficando atrás de mim.

- Como estão, pessoal? - Abracei as pessoas que estavam na grade, enquanto eles choravam.

- Puta merda, é a Jenna Ortega! - Um garoto que parecia ter doze anos, falou, apontando o celular tentando me alcançar. Dei risada e passei a mão em seus cabelos, o fazendo abrir um sorriso enorme.

- Jenna, volta pro Flamengo, sentimos sua falta! - Ouvi alguém gritar.

Fui até uma garota que estava chorando horrores, não tinha nem condição de segurar o celular, já que estava tremendo. A envolvi nos meus braços, sentindo ela tremer mais ainda.

- Calma, garota, se acalma... - Peguei em seu rosto, a fazendo olhar pra mim. Ela sorriu nervosa, me abraçando.

Senti uma sensação me invadir. Fazia tempo que eu não sentia isso. Quer dizer, eu já senti isso na Espanha, mas não é a mesma coisa.

- Tira uma foto comigo? - Pediu quase sem voz, me entregando seu celular.

Concordei, pegando o celular. Levantei o aparelho onde aparecesse nós duas, e então, bati a foto, logo entregando o celular a ela.

- Tia Jenna! - Ouvi vozes infantis. Olhei pro lado vendo duas garotinhas loiras, estendendo os braços para eu pegá-las.

Terminei de assinar algumas camisas e fui até às garotinhas, elas ficaram animadas, quase pulando do colo da mãe. Abri um sorriso enorme, as pegando no colo.

Minha Madrasta. ( Jenna G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora