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J. Ortega

Dias de jogos sempre me deixavam nervosa e apreensiva. Todos os torcedores madristas apostavam em mim o tempo todo, confiando em mim pra ganhar o jogo.

Principalmente em Champions, eu já era ídolo na competição. Tanto que, me deram um apelido que pegou geral.

Ortega's league.

Sinceramente, na época isso me fez rir, pra falar a verdade me faz até hoje. Eu fico pensando em como cheguei até aqui, disputando competições de alto nível com melhores jogadores do mundo.

Já cheguei a jogar contra o Lionel Messi, Neymar, Suárez e outros ídolos. E também joguei ao lado do Cristiano Ronaldo, meu ídolo de infância. Quando eu cheguei no clube, lá por 2015, eu e ele viramos uma dupla e tanto. Nós éramos os donos da Champions league. Mas aí, ele saiu antes do seu contrato vencer. Cris é um cara legal, às vezes eu ainda converso com ele, nós mantemos contato.

Mas agora, só sobrou eu. Os torcedores confiam em mim com unha e dentes pra salvar o time, pra fazer gol, pra vencer, pra conquistar títulos. E eu me sinto pressionada com isso. É como se um erro meu, acabasse com tudo, seja até mesmo um passe errado. Eu tenho medo de errar em campo, tenho medo de errar com meu povo.

Lembro que, na final de 2018, nós ganhamos de 3 X 0. Naquela partida eu fiquei no banco, acompanhando tudo de longe. Mas no segundo tempo eu entrei, e a torcida toda vibrou, parecia até que era o Cristiano entrando em campo. No fim, fiz dois gols e decidi a partida. Isso me fez se tornar mais ídolo ainda.

E cara, jogar no Real Madrid pra mim é a melhor coisa. Nada melhor do que jogar por um clube que você ama, pelo povo que você ama, conquistar títulos por eles é bom pra caralho. Eu pretendo nunca sair daqui.

- Aí, Ortega, vamos pro aquecimento. - Valverde encostou no meu ombro, me tirando dos meus pensamentos.

Apenas sorri e me levantei, acompanhando o uruguaio até o campo. Percebi que o pessoal não estava mais ali, pelo visto eu pensei demais e esqueci do mundo ao meu redor.

Hoje não era final de Champions, mas era semi. E sempre nas semifinais, dou tudo de mim e mais um pouco. Quero ser boa o bastante para o público, boa o bastante para mim mesma.

Só foi o sol bater em mim, que as pessoas começaram a gritar e aplaudir. Sorri e me ergui, acenando pra eles. Voltei a atenção no campo e beijei o gramado antes de entrar nas quatro linhas.

Eu sempre ficava feliz em receber o carinho deles, mesmo me sentindo pressionada em relação a isso. Mas faço o possível pra não transparecer nada disso.

- Aí, parceira, tá tudo bem? - Emma parou ao meu lado, tocando meu ombro.

- Que? Sim, sim está.

- Você tá viajando aí... Cê não fumou não né, Ortega? - Me olhou desconfiada.

- Você acha que eu ia vim jogar na base da droga? - Perguntei indignada, fazendo ela rir.

- Não, idiota. Mas sei lá, vai que você queria provar algo novo. Nunca se sabe. - Deu de ombros. - Aí, tem umas loiras peitudas maravilhosas na arquibancada, você sabe o que isso significa né?

- Que você vai jogar o dobro hoje? - Perguntei segurando a risada.

- Exatamente, Ortega! Caralho, só de pensar naqueles peitões... Meu pau chega fica duro. - Explodi em risadas.

Minha Madrasta. ( Jenna G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora