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Lizzie.

Jenna brincava com as crianças no quintal da casa de Natalie, não dava pra ouvir nada além de suas risadas, enquanto a mesma driblava seus sobrinhos.

É tão bom vê-la assim despreocupada com tudo e apenas curtindo o momento com sua família, esquecer de tudo por pelo menos uns dias. Isso tá fazendo muito bem a ela.

— Então, ela não ficou triste pelo o que aconteceu? — Ailyah perguntou enquanto eu cortava alguns tomates para o almoço.

— Sobre minha mãe? — Ela assentiu. Levei meu olhar pra Jenna, que agora estava deitada no chão com as crianças em cima de si. — Bom, ela ficou, até porque ela amou minha mãe de verdade, mesmo não sendo recíproco.

— E por quê você aceitou ficar com ela? Digo, minha irmã não é uma pessoa ruim, mas a Mariana é sua mãe... entende? Eu não vejo sentido em trocar ela pela Jenna.

— Mariana só fez me colocar no mundo, de resto foi Jenna. Ela sempre esteve lá quando precisei, desde a minha primeira menstruação até hoje. Mariana é o tipo de mãe que se eu fosse estrupada, ela iria colocar a culpa em mim. – Suspirei, sentindo vontade de chorar mas me controlei. — Então, Ortega é minha mãe.

Ailyah ficou calada apenas me ajudando a terminar a salada que tia Natalie pediu. Após fazer isso, levamos as coisas lá pro quintal onde estava rolando um churrasco, coloquei as coisas na mesa e fui até Jenna.

— Já terminou? – A mesma estava toda suada e sem camisa, o sol refletia em seu corpo molhado me fazendo morder os lábios.

— Uhum, foi rápido. – Sorri, vendo ela fazer o mesmo.

— Vou tomar um banho, preciso me refrescar. – Se aproximou deixando um beijo na minha bochecha. — Daqui a pouco eu volto.

Assenti a seguindo com o olhar até a perder de vista. Me sentei na cadeira e fiquei olhando Natalie e Edward na churrasqueira, ambos brigando um com o outro de uma forma divertida talvez.

Tá sendo bom passar esses dias aqui, de fato Jenna acertou nessa. Mas o que mais me incomoda é não poder beijar ela, fingir que somos mãe e filha na frente de todos, isso realmente me incomoda pra caralho. Eu só queria poder beijá-la, transar com ela até amanhecer, mas infelizmente isso não está sendo possível. Pelo menos não aqui.


Fico pensando como as coisas vão ser a partir de agora. Como a família de Jenna vai reagir quando souber sobre mim e ela? Eles vão aceitar? Eles vão gostar?

Tudo isso me traz um medo inexplicável, é como se eu entrasse em um beco sem saída. Como eu fui me apaixonar por alguém comprometida? Com quase o dobro da minha idade? Porra, que droga.

— Vai querer almoçar agora? – Ouvi a voz doce de Ortega, levantei minha cabeça encontrando a morena parada do meu lado com dois pratos na mão, esperando uma resposta.

— Uhum. – Assenti, ela concordou e serviu nossos pratos, indo buscar a carne.

Fiquei ali sentada esperando, afinal eu não sabia o que fazer. Meio que me sinto uma intrusa em sua família, mesmo sendo considerada filha pelos seus pais.

— Aqui, se quiser mais alguma coisa é só falar. – Ela voltou com o prato cheio de carne e calabresa. Peguei um garfo e faca, começando a cortar.

Minha Madrasta. ( Jenna G!P )Onde histórias criam vida. Descubra agora