J. Ortega
Virei a garrafa de whisky todinha na boca, sentindo o líquido descer quente pela minha garganta.
Depois da discussão com Lizzie, nós se "resolvemos". Sim, entre aspas porque ela mal fala direito comigo. Ela tá estranha, distante, as vezes parece que somos só colegas que tem uma filha juntas, e isso é estranho pra cacete. As noites sem dormir pensando no que eu deveria fazer, resultaram em jogos ruins, treinos ruins... é como se todo aquele passado tivesse voltando. E pra piorar tudo, o Flamengo não tá indo muito bem nas competições, então, eles sempre contam comigo pra "salvar" o time. Eu já tô cheia de responsabilidades nos braços, e me mandam mais uma.
Eu fico pensando em como conquistar ela novamente, em como não estragar tudo mais uma vez. Mais isso parece impossível, eu tô tentando, mas já tá se tornando cansativo só eu tentar restaurar esse relacionamento. Tudo bem, fui eu que errei, eu que estraguei tudo, mas... ela poderia ao menos me entender, entender o quanto eu tô lutando pra isso dar certo, entender que a pesar de tudo, eu quero ficar ao lado dela. Mas parece impossível. Ela nunca me entenderia.
E pra foder ainda mais a minha vida, a Leah anda me ligando o tempo todo. Eu nunca atendo as ligações, muito menos vejo as mensagens que ela me manda pelo e-mail. Até porque, eu amo a Lizzie, e não quero mais problemas.
- Então... você vai desistir do casamento? - Emma perguntou, bebendo uma garrafa de cerveja.
- Não é que eu vou desistir... é que tá sendo difícil pra mim, eu tenho que lidar com a mudança de humor dela o tempo todo... isso tá me deixando exausta... - Suspirei, passando o dedo na boca da garrafa, segurando o choro.
- Você já tentou perguntar o porquê dela estar assim? - Eu neguei, vendo-a revirar os olhos. - Porra, você é burra também, né?
- Ah, caralho! Não vem me xingar não, eu já tô puta aqui. - Falei irritada. - Como você quer que eu pergunte alguma coisa se ela nem olha na minha cara? Quando ela tá em casa, é o tempo todo no celular, mal me olha... eu não vou correr atrás dela.
- Mas você tem que correr. - Se aproximou, ficando inclinada pra mim. - Lembre-se, foi você quem causou isso, é você que tem que resolver. Não importa quanto tempo demore, ela é a mulher da sua vida... você mesmo disse.
Eu suspirei, sabendo que todas aquelas palavras eram reais. Eu tenho que encarar a realidade, saber que de eu não fazer nada, vamos continuar do jeito que estamos. Mas mesmo assim, isso não deixa de ser cansativo.
- É, eu sei... mas... ah, cara. Ela deveria me dar mais valor, enxergar que eu tô fazendo de tudo pra continuar com ela... mas ela só sabe brigar e discutir comigo, porra. Isso tá me deixando cansada. - Suspirei, virando o resto do líquido que tinha na garrafa, na boca.
- Ela deveria largar esse orgulho besta e encarar a realidade. Vocês já são velhas, já tem maturidade o suficiente. Além do mais, tem uma criança que depende de vocês duas, se continuarem assim, como vai ser?
Terminei de beber todo o líquido, deixando em cima do balcão e me levantando. Paguei pela bebida, sendo acompanhada por Emma até o lado de fora.
- Eu não sei. Eu vou tentar, como eu já estou tentando... e... é isso. Mas se ela não fizer nada pra nos ajudar, eu não vou ficar me humilhando. - Desbloqueei o carro, abrindo a porta e entrando no mesmo. Emma assentiu, entrando no seu carro que estava ao lado do meu.
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Minha Madrasta. ( Jenna G!P )
Hayran KurguAmor mais que proibido. Um desejo de ambas partes. Um prazer infinito. Jenna é uma jogadora de futebol, e isso a torna uma pessoa famosa. Pessoas ao redor do mundo sabem de quase tudo que acontece na sua vida, mesmo ela sendo reservada em relação a...