Capítulo 34 (FIM)

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5 anos depois.

Maraisa olhava seria para os documentos expostos a sua frente. Ao redor um burburinho ansioso, algo que ela não poderia controlar, mas também não deixaria entrar na sua mente. Ela tinha provas o suficiente para o julgamento encerrar a favor de sua cliente. Ainda que todo processo tivesse sido uma grande polemica, com depoimentos contraditórios, evidencias adulteradas... tudo tinha culminado para sua derrota, mas ela acreditava em tuo que tinha feito até aqui.
O resto estava nas mãos do destino, com que ela não ousava batalhar mais.

- eu não sei como consegue ficar calma, é como se estivéssemos enfrentando leões. – ela ouviu a voz de Arhur ao seu lado.

O colega de faculdade era seu parceiro no caso, abraçou o caos junto com ela, mas como era muito diferentes, o homem teve medo do inicio ao fim. A verdade era que mexiam com leões mesmo. Antes que ela divagasse mais, o juiz entrou na corte e todos se levantaram em respeito.

- queiram se sentar. – ele ordenou e todos seguiram.

Arthur agarrou sua mão embaixo da mesa e ela sentiu como ele estava gelado. Olhou para sua cliente e viu que ela também estava pálida. É ninguém tinha certeza de nada.

- após uma dura avaliação de todas as provas mostradas aqui neste tribunal, após todos os depoimentos, chego ao veredito. O réu queira se levantar por favor.

Maraisa observou enquanto o homem ficou de pé com um sorriso arrogante. Seu estomago afundou.

- sobre o crime de estupro, assedio sexual e chantagem, o réu Fabrício Marques é culpado.

A morena abriu os olhos em surpresa. Um peso gigantesco saia de seus ombros ao ver o maldito sorriso sumir do rosto do homem. Arthur olhou para ela com um sorriso enorme, enquanto Cecilia, a aluna da faculdade de direito da USP vitima daquele crime horrível,  deixava as lagrimas caírem finalmente.

- a pena é definida em 35 anos de prisão visto que além da vitima em questão, ao longo do processo, foi se descobrindo mais vitimas. Não há direito á fiança ou habeas corpus. Declaro essa audiência encerrada.

Os advogados de Fabrício começaram a protestar enquanto os policiais do fórum caminhavam até o culpado para algemá-lo. Maraisa queria ver a cena para ter certeza de que era real, mas Arthur a puxou para um abraço bem na hora. Ela retribuiu enquanto ria da euforia do homem. Quando se afastaram, ela viu Fabrício parar na frente de sua mesa. Fechou a cara e olhou o derrotado no fundo dos olhos, esperando.

- parabéns, Maraisa. Eu nunca pensei que teria uma carreira que despontasse a do seu marido, foi uma infeliz surpresa.

- vá para o inferno, Fabrício.

Quando ela saiu da sala, sentiu o corpo dolorido. Finalmente toda a tensão daquela dia estava se manifestando. Ainda que da pior maneira. Ela foi até o vestiário pegar seus pertences, inclusive o celular. A primeira coisa que fez foi mandar mensagem para Fernando. Nem acreditava que aquele processo tinha acabado, nem acreditava que tinha conseguido. O mais justo era avisar em primeira mão para a pessoas que mais a apoio a não desistir. Parecia que tinha sido ontem que tinham brigado por conta do escritório há 2 anos.

Flashback on:

´´ - eu não estou acreditando que ao invés de trabalhar comigo vai abrir um escritório com o Arthur! – ele falou nervoso, passando a mão pelo cabelo.

- e eu não acredito que está fazendo tempestade em copo dágua, por um acaso acha que eu não sou capaz?

- é claro que é capaz, eu disse isso quando começou a trabalhar com a Mercedes, mas não há necessidade de termos dois escritórios nessa casa.

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