Capítulo 19

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O olhar dela se concentrou no dele. Aquele era o momento em que suas armaduras iriam para o chão. Fernando a puxou pela mão, caminhando devagar enquanto tirava a gravata. A jogou no chão no corredor antes de fechar a porta para ele. Os cabelos longos, os longos castanhos atentos. Ela era inteiramente dele. Fernando deu uma volta ao redor dela, como a terra que orbita o sol, envolto em sua luz, preso em sua magnitude.

- de novo em seu quarto. – ela falou dando uma risadinha, tentando aliviar seu nervosismo.

- de onde nunca deveria ter saído. – ele falou contra sua nuca, dando um beijo suave, sentindo-a tremer. Fernando parou na frente dela novamente.

- você quer isso? – ele perguntou de maneira profunda, a olhando para não ter erro.

- quero.

O castanho claro se tornou escuro como uma floresta negra. Maraisa sentiu a mão dele em sua costas, fechou os olhos. Devagar Fernando descia o zíper do vestido preto. Sua boca no rosto dela, o calor aumentando entre os dois de uma maneira intensa.

- esse vestido deveria ser um crime. – ele falou em tom baixo.

Quando o zíper desceu por completo, Fernando puxou as alças pelos ombros e o tecido foi para o chão ao redor dos pés dela. Os saltos foram a próxima coisa que chamou sua atenção e por um momento ele não sabia se os tirava ou deixava. A ideia de sentir a pressão  deles em suas costas sendo bem tentadora. Os olhos dele percorreram pelo corpo recém exposto. Os seios fartos presos em um sutiã preto, a intimidade coberta por uma fina calcinha.

Fernando dispensou palavras. Desceu sua boca até o pescoço na morena e o atacou com chupadas e mordidas. Maraisa se segurou no braços fortes para não cair, sua pressão despencando consideravelmente, seu corpo levitando com o toque tão esperado. De sua boca, suspiros e gemidos saiam sem controle. Ele sabia todos os pontos, e olha que suas mãos não saiam de suas costas em toque suaves.

Tinha medo que quando as mãos dele começassem a ser firmes como as palavras dele ela já não estivesse mais nesse plano.

Aos poucos a boca faminta foi descendo, e a mão acompanhou subindo até chegar no seio macio que ele apertou firme por cima do sutiã. A boca mordeu levemente a pele.

- Fernando! – ela gemeu surpresa.

Controlando o instinto de toma-la ali e pronto, Fernando suspirou e se afastou.

- te machuquei? – ele perguntou preocupado.

- não... – ela falou logo, balançando a cabeça.

- se... se fosse virgem me diria, não diria? – ele perguntou inseguro.

-não sou virgem. – ela respondeu revirando os olhos. – é só que você é intenso... muito mais que os outros.

O sorriso de canto, convencido, a fez temer. Aquele Fernando ela não conhecia. Sentiu a mão dele no feixe do sutiã, logo a peça tomou o mesmo rumo que o vestido. Fernando então se colocou atrás dela, a empurrando pela cintura devagar até sua cômoda, onde um grande espelho fazia o cenário perfeito. Os olhares se prenderam através dele, enquanto Fernando a empurro levemente para frente, a fazendo se apoiar no móvel, ficando inclinada para ele. Sem desviar o olhar, ele desceu sua mão do pescoço até a base da coluna da morena.

A boca entreaberta entregava o desejo, mas os olhos escanravam a curiosidade.
Sem dizer nada, ele foi se ajoelhando devagar, saindo do campo de visão dela. A cara a cara com a bunda que o enlouquecia naqueles malditas calças jeans, Fernando apertou a carne para saber que aquilo era real, beijou para provar que era real. E enquanto beijava ali, puxando o tecido da calcinha devagar para baixo. O cheiro dela já o embriagava e quando tocou o precisava daquela mulher agora.

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