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Pov- Simone...


_Qual é a sua Simone? ficou maluca?_ lhe olho.

_Eu que te pergunto, o único homem que poderia gritar comigo já não está mais aqui_ digo, ele baixa a cabeça.

_Desculpe Tebet, eu só, eu não acredito que você fez isso_ diz.

_Fiz, e faria de novo_ me encosto na cadeira.

_Quer arrumar confusão para cima de você?_ pergunta.

_Qual o problema de dar uma carona a alguém?_ ele me olha.

_É sobre dar a carona a mulher daquele homem que roubou aquela empresa_ sorrio.

_Ele quem roubou, não ela, e já deu desse assunto, tá gastando saliva com isso atoa_ me levanto.

_Só não quero que caia para cima de você em tá oferecendo carona aquela uma_ ele levanta também.

_Ela não teve culpa do que o marido fez_ digo.

_Como você sabe? viraram melhores amigas?_ nego.

_Já vi essa novela, a mulher é sempre a última a saber, igual quando é traída, só sabe por último_ ando até a minha porta.

_Se afaste dela, é pro seu bem, antes que a polícia vá bater na sua porta_ eu apenas assinto.

_Agradeço a preocupação, mas relaxe, agora pode ir, daqui a pouco nós vamos lá, você sabe onde_ abro a porta para ele.

Lula sai sem dizer mais nada sobre esse assunto que falávamos minutos atrás, ele é um grande fiel a mim, e gosto dessa fidelidade dele comigo desde que nós nos conhecemos.

E assim eu espero que continue, o estranhei muito dele vir chamar a minha atenção da carona que dei a tal mulher do homem que roubou aquela empresa, quando comentei com ele mais cedo.

_Que mal fiz?_ pergunto e lembro dela.

E por falar nela, eu fiz aquilo de propósito, mas claro, jamais iria fazer com que ela se machucasse tão grave assim, eu vi que ela não reparou na hora de atravessar, fiz isso por pretexto, nem eu entendi muito o porquê de querer manter alguma conversa com ela, mas enfim.

_Tola_ digo me referindo a ela.

Sinto algo dentro de mim em relação a essa mulher, desde o dia que lhe vi quando ela passou em frente ao bar, não sei dizer o que é, sempre tive isso comigo, de sentir e realmente aquilo que eu sentia acontecer de alguma maneira, é como se fôssemos nos encontrar mais vezes.

_Quem sabe_ murmuro em relação aos pensamentos.

Trato de deixá-los de lado, volto até a minha mesa, dou uma conferida no dinheiro que me foi pedido há duas horas atrás, sorrio ao ver toda essa quantidade sobre minha mesa.

As pessoas ainda insistem em achar que podem me enganar, são muito tolas, como diz uma frase de minha mãe, "quando você vinha com a farinha eu já tava com o bolo pronto".

_Ninguém engana Simone Tebet_ coloco a grana na bolsa.

Ligo para Lula, ao sair de onde estou eu vou direto até meu carro, além de mim vai mais quatro homens meus, dali eu dou partida indo direto onde foi marcado para fazer a entrega da grana, como ele pôde achar que pegaria o meu dinheiro e fugiria da cidade tão simples assim? é muito ser idiota mesmo.

_Oi, já estou chegando_ digo ao tolo.

E realmente não me demora muito para chegar, peço para os meus homens ficarem até então no carro, eles saberiam agir na hora certa, desci do veículo e caminhei até onde ele já estava, sorri em sua direção, em completa falsidade minha.

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