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Pov- Soraya...


_Deixa eu ir vai_ peço.

_Já disse que não, você vai ficar aqui_ fala.

_Vou ficar sozinha, não quero ficar sozinha Simone_ ela me olha.

_A princesa está aqui, você não está sozinha_ diz.

_É só uma gata Simone, ela não conversa_ vejo a morena sorrir.

_Assista a alguma coisa, não gosta de programas culinários? pois bem, pode..._ ia dizer.

_Então deixa, não quero mais não_ levanto da mesa.

_Ainda estou falando_ escuto ela dizer.

_Problema seu, é só se calar agora_ vou saindo dali.

_Volte, Soraya volte para a mesa e termine seu café_ fala mais alto.

_Não quero mais, chame qualquer puta para cá e deixe ela comer_ falei sem pensar.

Antes que eu chegasse na escada do apartamento eu só sentir aquele aperto em meu braço junto de um leve puxão, fui empurrada até uma pequena cômoda que havia ali, minha costa doeu.

_Ai Simone, tá doida?_ lhe encaro.

_Mais doida eu vou ficar se você repetir aquilo de novo, eu nunca trouxe outra mulher para cá_ diz.

_Que pena, me dê licença_ peço.

_Escute, eu quero que você me ouça Soraya, você não tá falando com aquele seu ex maridinho não_ fala.

_Eu sei, agora me solte, está doendo, você está me machucando, se seu filho morrer com esse impacto, é culpa sua_ despejo as palavras sobre ela.

Puxo meu braço com força do seu aperto e me afasto, resolvo ir para o quarto, ao chegar ali eu vou até aquela varanda, a qual eu fiquei quando acordei depois daquelas horas intensas com Simone naquela noite que eu vim para pagar as dívidas dela.

_Venho trazer seu café da manhã, para você terminar_ escuto ela dizer.

_Não perca seu tempo, eu não quero, já disse_ falo.

_Não perguntei se você quer Soraya, você vai comer, é pelo seu bem e do bebê também_ diz.

_Nem ele quer também_ posso ouvir ela bufar.

Tremi quando a porta do quarto bateu com força, mas permaneci ali naquele pequeno sofá, o dia era de sol, uma hora dessas eu já estaria me arrumando para ir trabalhar, mas não tenho mais o meu trabalho, desde que resolvi aceitar e vir para cá, Simone achou melhor que eu não trabalhasse mais.

_Onde eu estava com a cabeça para aceitar isso?_ murmuro.

Mas a minha amiga insistiu também, disse que seria bom pra mim, eu teria mais conforto e tudo mais, tiver então de vir, e agora aqui estou eu, me arrependo de aceitar tão facilmente, mas não vou tá reclamando, não adiantará de nada.

Como saio de um casamento que estava ficando uma confusão, e entro para uma relação a qual está sendo cheia de conflitos também? o que mais me faz estar aqui é o fato de que estou com um filho dela no ventre.

_Se não fosse por você tenho certeza que eu nem estaria aqui nesse lugar mais_ digo isso ao passar a mão na barriga.

_Estaria sim, que eu ia trazer você para minha vida em algum momento_ aquela voz me faz tremer dos pés a cabeça.

A agiota Onde histórias criam vida. Descubra agora