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Pov- Simone...


_Essa mulher não vai te pagar e vai ferrar com você_ inclino minha cabeça e lhe encaro.

_Tá mais fácil eu ferrar com ela do que o contrário, você sabe bem disso_ digo.

_Sabe uma verdade?_ ele pergunta.

_Hum?_ volto a olhar os papéis sobre minha mesa.

_Você não deveria nem ter emprestado esse dinheiro a ela_ sorrio.

_Mas esse é o meu trabalho, estou aqui para ajudar qualquer um, não é mesmo? não é pra isso que agiota serve?_ olho para ele.

_Foi uma cilada com ela, é só o que te digo_ diz ele.

_Me diz uma coisa, qual é o seu problema com aquela mulher? agora eu tô curiosa_ deixo os papéis de lado.

_Não há problema nenhum, mas se meter com uma mulher a qual tem o marido enfiado naquele escândalo, é cilada Simone_ dou um murro sobre a mesa.

_Já chega, já deu desse assunto, encheu a minha paciência, caramba_ berro com ele.

_Como bom amigo, falo isso para o seu bem_ ele levanta.

_Eu sei, e eu já estou bem grandinha para saber onde estou me metendo, eu sei me defender_ lhe digo.

_Disso eu sei, o problema é em algum momento a polícia chegar atrás de você querendo saber qual seu envolvimento com a mulher do marido que..._ eu o puxo pelo colarinho.

_Escute aqui, eu vou dizer isso só mais essa vez, enquanto tô com paciência ainda_ ele me olha assustado.

_Calma Tebet, c-calma_ sorrio de seu desespero agora.

_Insista novamente nesse assunto, apenas insista_ solto ele e volto a me sentar.

O meu escritório fica em total silêncio, volto a ler aqueles novos contratos que fiz recentemente, ele estava me ajudando, lhe olho, aponto com o queixo para que ele volte a dar continuidade no que fazia para mim.

_Como vai a família, Lula?_ pergunto tranquilamente.

_V-vai bem, as crianças, tudo bem_ assinto.

_Muito bom saber_ respondo.

Novamente ficamos em silêncio, direciono meu olhar algumas vezes a ele, que se mantém de cabeça baixa, é assim que eu gosto, que as pessoas procurem entender quando devem ou não se meterem em determinada situação da minha vida.

E quanto a Soraya, eu sei que ela vai ir de acordo com o que está sendo proposto no contrato, não foi atoa que eu pedi pra ela lê direito o que tava escrito caso ela ainda quisesse voltar atrás, ela não vai correr o risco de bancar a doida.

_Muito bem_ digo quando terminamos.

_Vamos lá agora ou depois?_ pergunta.

_Eu te digo, não tenha pressa_ dou duas batidinhas em seu ombro.

_Tudo bem, posso ir?_ aponta para a porta.

_Sim, eu te chamo quando estiver precisando_ andamos até lá.

Abri a porta para ele que logo sai, de cabeça baixa, talvez esteja pensando na burrada que fez de querer puxar aquele assunto novamente comigo, acho que agora ele entendeu o recado de não falar mais disso, eu resolvo os problemas que eu pego para mim, dou conta de todos eles, e quando tentam me passar para trás, eu já corto o mal pela raiz.

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