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Pov- Simone...


Eu estava sentada no divã do meu quarto, de onde estou, admiro a mulher que está deitada na cama, dormindo tranquilamente, aquele lençol de cor azul escuro cobre toda sua nudez, sorrio, somos insaciáveis.

Fico rolando o anel em meu dedo, sigo com meu olhar por ela e paro em sua barriga, ela está de frente para cá, a diferença da gravidez já está presente, são os cinco meses, lembro que hoje saberemos o sexo.

Não conseguimos descobrir no mês passado, hoje já amanheci o dia torcendo para que nosso bebê esteja em uma boa posição de sabermos se será menino ou menina, estou animada com isso.

_Será que vai ser um garotinho como no sonho?_ pergunto baixinho.

Levanto do divã e vou até aquela loira, carinho sua linda barriguinha e deixo alguns beijos, ela não acorda, e nem se mexe, beijo sua testa, vou até meu escritório, encaro a foto que está sobre a mesa, pego em minhas mãos e olho para a imagem, é o meu pai, em frente ao escritório que ele trabalhava.

_O senhor acha que estou me saindo bem?_ pergunto.

Queria muito ouvir seus conselhos agora, saber dele o que ele está achando sobre toda essa minha história com a Soraya, tenho dado tempo ao tempo e não me precipitar, a gente fica, transa, fazemos amor, tudo, mas não sei como definir esse tudo que nós temos.

_Vamos ser mães, e eu não sei como falar sobre nós duas_ digo.

Mas afinal, o que eu, Simone Tebet, o que eu quero ter com a Soraya? fiz e faço de tudo por ela para que ela se sinta bem, para que essa gravidez vá seguindo tranquila, muito o que faço é pelo nosso bebê, mas e quanto a nós duas? o que minha mãe diria sobre isso?

_Na verdade ela já disse_ falo.

E o que ela me disse me deixou mais pensativa do que nunca, penso muito na reação daquela loira se eu lhe pedir em casamento, como assim minha mãe sugeriu, para que eu assumisse toda essa responsabilidade com a criança e com ela.

_Eu não sei o que ela vai pensar_ sussurro.

_Começou a falar sozinha?_ escuto aquela voz.

_Já acordou? eu já ia lá_ falo.

_Acordei com dor_ diz.

_Dor? dor onde?_ me aproximo dela.

_Acima do bumbum_ ela está com um hobe.

_Vamos ao hospital_ falo.

_Calma, vai me levar desse jeito?_ pergunta quando já estou lhe puxando para a sala.

_É o nosso bebê_ digo.

_Lembra do que sua mãe falou na tarde de ontem naquela ligação?_ assinto.

Ontem sogra e nora se conheceram mais ainda, minha mãe já está encantada por Soraya, e pelo neto então, já o ama, assim eu queria que dona Ilda, mãe da sol, estivesse sendo assim com a filha.

_Ah, quer tomar café primeiro?_ pergunto.

_Eu quero, seu filho está querendo pão de queijo_ sorrio de leve.

_Nosso filho deseja muitas coisas_ seguimos para a cozinha.

_É verdade_ ela parece um pouco abatida.

_O que houve?_ lhe olho.

_Nada, só acordei pensativa_ fala.

_No que está pensando?_ ela me olha.

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