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▼E se o destino colocasse você diante do seu maior medo atual? como você agiria embora soubesse que era preciso você estar diante dessa situação colocada pelo acaso da vida? é assim que Soraya irá se ver em breve, será essa saída que ela encontrará para conseguir se livrar da sina que lhe foi colocada, encarar o seu grande medo de hoje.
_Deus, o que eu faço?_ pergunta ela.
Novamente ela voltou a caminhar, segurava com toda a sua força a vontade de chorar, queria poder desabar no colo de alguém, sendo esse alguém a sua mãe, pois é a única que tem como protetora, mas a mesma não está na cidade nesse momento, Soraya se sente desolada.
_Ei... filho da mãe_ falou o palavrão mais baixo.
O táxi não parou para ela, nem esse e nem os outros três que ela já chamou do caminho da delegacia até onde está agora, teve de continuar sua caminhada, até chegar em seu apartamento e tentar esquecer um pouco do que ouvira mais cedo daquele homem, seu marido.
"Como você pôde fazer mais uma merda dessas, Carlos?"
Lembra ela de ter perguntado isso a ele, o mesmo por estar envergonhado, somente baixou sua cabeça, ela o xingou ali naquela sala onde os dois estavam, levantou da cadeira de aço enfurecida e começou a andar em círculos, queria ela não acreditar nisso.
"Me perdoe amor, eu espero que você me perdoe por tudo isso"
Pediu ele desesperado, Carlos tinha somente sua família, mulher e seu advogado por ele, mas talvez ele já não tenha tanto assim o apoio de sua esposa como ele realmente pensa, pois Soraya começou seriamente a pensar no divórcio.
"Eu vou querer o divórcio, estou com ódio de você"
Berrou Soraya com ele, e Carlos entedia toda aquela reação da mulher, ela tinha razão em sentir toda aquela raiva, afinal, foi ele quem a colocou nessa beira do abismo, nada mais que justo Soraya se sentir assim.
"Eu fiz isso, embora não acredite, para tentar te agradar, você sempre gostou de presentes caros"
Ele então passou em sua cara, Soraya ficou desacreditada, mas já esperava por isso, que em algum momento a culpa disso se voltasse para cima dela, seria ela usada como motivo para tais ações terem sido feitas.
"Eu achei que era sempre dos seus esforços de trabalho, não de bandidagem"
Quando a loira disse isso para ele, Carlos viu que poderia não ter mais apoio nenhum de sua mulher, somente ela poderia lhe ajudar com essa situação que ele se encontrava agora.
"Leia você mesmo, eu não estou te mentindo, não queria despejar isso sobre você, mas só você pode me ajudar meu amor"
Lhe foi entregue um bilhete pequeno, em letras de forma estava escrito de tinta azul naquele pedaço de papel, as ameaças vindas contra seu marido, ali Soraya sentiu pena daquele homem, mas o ódio pelo o que ele fez ainda lhe consumia.
"Só você pode me ajudar"
Soraya saiu daquela delegacia com essas palavras em sua cabeça, ele estava sendo ameaçado, o homem com quem ela casou, viveu maravilhas, fez planos, estava correndo risco de vida agora, o mesmo fez várias dívidas muito antes do roubo.
Agora Soraya chega a entender um pouco, tudo isso que ele fez foi para pagar essas dívidas, mais uma coisa que ela não sabia que seu marido fazia, o mesmo fazia apostas, foi acumulando dívidas, não conseguiu pagar, e mesmo preso, foi ameaçado.
_Que droga_ murmurou ao entrar em seu apartamento.
Sua bolsa ela jogou sobre o sofá, que rolou e caiu no chão, mas ela nem ligou, andou até seu quarto, tirou os sapatos, e se jogou na cama, pegou um travesseiro e o abraçou, ali chorou tudo o que vinha segurando, depois disso pegou no sono, encolhida naquele colchão, feito uma criança que é impedida pelos pais de ir brincar com os coleguinhas.
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A agiota
FanfictionDe um lado, uma mulher fria e calculista, capaz de qualquer coisa caso nada saia como ela espera, e do outro lado, uma doce mulher que tem sua vida revirada com a descoberta da participação do marido em um grande roubo na empresa em que trabalhara. ...