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Pov- Simone...


Eu senti tanto medo de perdê-la, que a cada momento tô lhe olhando ou vindo no quarto e até em qualquer cômodo do apartamento, só para saber que ela está aqui mesmo, bem e comigo, assim como nosso filho.

Vejo os flashes daquele dia além de sonhos, só de olhar pra ela, lembro de todo desespero passado, não posso nem imaginar uma vida sem a mulher que eu amo, ela é tudo o que preciso, tudo que preciso para viver bem.

_Oi filho_ sussurro contra sua barriga de sete meses.

Fico carinhando sua barriga e lembro do sonho que eu tive com o meu pai, sorrio com essa lembrança e com as outras que eu vivi ao lado dele, como queria que ele estivesse aqui, esperando por seu neto, pelo neto que ele tanto quis ter.

_A mãe Simone vai preparar um café da manhã reforçado_ digo baixinho.

E então antes que eu saia da cama e me afaste, eu me surpreendo com o que acontece, olho para a barriga da sol com os olhos brilhando, seria aquilo mesmo? coloquei minha mão novamente ali, e sim, o meu filho estava mexendo.

_Sinal de que está tudo bem, não é filho?_ sorrio.

Agora me vejo derramando algumas lágrimas por sentir o meu bebê mexendo na barriga de sua outra mãe, beijo aquela região várias vezes, a sol está deitada de peito pra cima, já é somente assim que ela tem dormido, por conta do tamanho da barriga.

_Eu te amo filho_ falo e deixo mais um beijo ali.

E mais uma vez o meu bebê chuta, limpo depressa as lágrimas, não escondendo minha emoção, o meu amor, mas não querendo demonstrar a minha fragilidade, esse lado meu não merece ser visto, eu não gosto que o vejam, somente o lado que é bom e trás felicidade.

Olho para Soraya e sorrio, ela é tão perfeita, sempre que eu estou lhe olhando não deixo de pensar no quanto eu já fui uma babaca com essa mulher, já errei tanto, já fui tão falha, e ainda sim eu tive novas chances para que eu continuasse em seu caminho, e é com esse pensamento, que decidi que estava na hora de mudar nossa relação para a melhor.

_Eu vou te pedir em casamento_ após minha fala, eu saio do quarto.

Encontro princesa no sofá, pego ela no colo e lhe faço carinho, ela e Soraya se deram muito bem, viraram melhores amigas, posso assim dizer, hoje aquela loira tem a minha gata como sua filha também.

_O que posso preparar hoje?_ penso.

As vezes a sol acorda com uma fome de leoa, e as vezes acorda com muito enjoo que não consegue comer nada, decido fazer um pouquinho de cada coisa que há por aqui, ouço meu celular começar a tocar, não queria ir atender, mas o toque pode fazê-la acordar, corri até a sala, onde estava o aparelho.

_Alô, oi Lula, bom dia, problema essa hora da manhã?_ pergunto ao atender.

"Sim companheira, más notícias"

_Tudo bem, me diga_ volto para a cozinha.

"O irmão dele fugiu, a polícia está começando as buscas por ele agora"

_Está falando sério? mas que merda_ digo.

Fico falando por mais alguns longos minutos no celular com Lula, pedi que ele deixasse os outros homens avisados, e que não era pra ter pena se o encontrasse, eu não posso deixar que esse cara volte a bancar uma de esperto e tentar agora o pior do que ele já tentou fazer.

Para quem não está entendendo nada, um mês depois daquele infeliz que tentou machucar a minha sol, o qual sofreu suas severas consequências, seu irmão apareceu para vingar sua morte, e ele veio atrás do meu bem mais precioso.

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