Pov- Simone...
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▼_Veja, ela está acordando_ escuto a baixinha dizer.
_Graças a Deus_ sussurro.
Levanto da poltrona e ando depressa até a cama em que aquela loira está, fico lhe olhando, ela olha tudo ao redor, até parar seu olhar em mim, dou um sorriso leve, seguro sua mão.
_O que aconteceu?_ pergunta.
Olho para aquele rosto tão lindo, sinto uma raiva gigante ao lembrar do que lhe aconteceu, como aquele cara teve coragem de fazer isso com ela? como? eu já mandei que meus homens procurem por ele, e antes de fazerem algo, eu mesma irei ter uma conversa com ele.
_Ei amiga, que bom que acordou_ Gleisi ficou do outro lado.
Lembro do desespero que eu senti quando Gleisi me ligou e falou que a Soraya havia sido atropelada, isso não poderia estar acontecendo, eu deixei tudo de lado e vim correndo para o hospital, e eu só pensava em duas coisas de forma aflita, ela e o nosso bebê.
Não sei se seria uma felicidade para Soraya se ela descobrisse algo que o acidente pudesse ter causado em relação ao bebê, ou se ela ficaria preocupada ao saber o que lhe aconteceu horas atrás, logo ela me olha de novo.
_Podem me dizer o que aconteceu?_ pergunta.
Em seu rosto um pequeno ralado, próximo a sua sobrancelha um curativo, seu cotovelo está machucado, o queixo, algumas partes de seu corpo, me dói vê-la assim, me dói ver a Soraya sofrer, me dói ver aquela que eu amo, dessa forma.
Por mais que ela já tenha dito mais de uma vez para mim, eu ainda não consigo dizer em voz alta que eu também a amo, e amo como jamais pensei que amaria alguém nessa vida, essa loira entrou no meu caminho para me fazer enxergar as coisas de uma outra maneira.
_A paciente acordou?_ ouvimos a voz da médica preencher o quarto.
_Sim doutora_ disse Gleisi.
_Muito bem, preciso fazer novos exames nela, podem me dar licença?_ nos pede.
_Claro_ respondo.
Ando até a poltrona que eu estava e pego minha jaqueta, Gleisi foi a primeira a sair do quarto, saí caminhando de cabeça baixa na direção da porta também, escutei Soraya perguntar novamente o que havia lhe acontecido pra ela ter parado aqui no hospital, a médica lhe respondeu, e eu parei quando escutei Soraya fazer aquela pergunta.
_O meu bebê está bem?_ não consegui me mexer.
Aquelas palavras me tocaram na alma, eu imaginei que ela não iria ligar para o filho que está esperando, por conta de tanta negação sua, mas ouvir ela dizer isso, me fez sorrir, ela pensou nele antes dela, me virei, de lá ela me olhou.
_O meu bebê, ele está bem doutora?_ pergunta ela já aflita.
A médica antes de responder pede para eu sair, faço isso com muita relutância, não vejo Gleisi por ali, ando até a sala de espera, pego um copo e encho de água, recebo uma ligação, era Lula, apenas dizendo que continua com as buscas atrás do ex da Soraya.
_Me avise assim que encontrá-lo_ falo.
Esse desgraçado infeliz havia fugido, isso foi durante uma transferência para outro presídio, com certeza recebeu ajuda para isso, e logo ele foi atrás da Soraya, ainda bem que Gleisi o reconheceu naquele veículo que usou para acabar com a vida da mãe do meu filho.
_Reze para a polícia te encontrar primeiro, seu filho da puta_ digo.
Começo a andar inquieta por aquele hospital, não consigo ficar parada, eu queria estar ali ao lado dela, preciso ter o que sempre foi difícil para mim, paciência, só paro de andar quando me sento em uma das cadeiras do corredor, minha mãe me ligava, atendi.
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A agiota
FanfictionDe um lado, uma mulher fria e calculista, capaz de qualquer coisa caso nada saia como ela espera, e do outro lado, uma doce mulher que tem sua vida revirada com a descoberta da participação do marido em um grande roubo na empresa em que trabalhara. ...