Pov- Soraya...
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▼_Não pode meu filho, não pode fazer isso com sua mãe_ eu logo sorrio.
Sei muito bem que pra Simone está falando isso, é porque Bernardo já fez xixi nela outra vez, ela saiu daqui do nosso quarto à alguns minutos para ir até ele, que acordou chorando.
_E você meu amor? como está aí dentro?_ aliso minha barriga.
Faço uma expressão de dor ao me virar na cama e ficar de peito pra cima, nossa menina é grande também, a médica já nos disse isso, na consulta do mês passado, e agora nesse oitavo mês de gestação, as dores se tornaram maiores.
_Em breve você estará juntinha de suas mães e do seu irmãozinho_ digo.
Fecho meus olhos, fico fazendo carinho em minha barriga e com um sorriso bobo no rosto, suspiro com uma nova dor, sinto uma mão tocar minha coxa, era Simone com Bernardo no colo.
_Não há mais sono?_ falo com Bernardo.
_Ele disse que não_ Simone estava só de top agora.
_Ele fez xixi em você de novo?_ com um sorriso minha esposa assente.
_Já estou acostumada_ diz e sorrimos.
Bernardo me olha e sorri para mim, retribuo na mesma hora, pego sua mãozinha gordinha e faço um carinho, Simone sorri para mim, seus olhos estão quase fechando, nas duas vezes que nosso filho acordou, foi ela quem foi lá onde ele, assim foi essa terceira vez.
_Eu fico com ele, deite_ digo a ela.
_Vou colocar ele pra dormir, você não dá conta_ diz.
_Dou conta sim amor, descanse, você está cansada_ falo.
_Meu sono já passou_ ela levanta.
_Tudo bem_ logo ela sai.
No quarto do nosso menino eu já escuto sua conversa com ele de novo, ouço sua baixa cantoria para fazê-lo dormir, fico lhe aguardando para ir no banheiro, acabo cochilando, não sei quanto tempo havia passado, quando despertei, Simone já estava na cama.
_Amor? já tá dormindo?_ pergunto.
Ela não responde, penso em lhe chamar de novo mas não faço, resolvo levantar mesmo sozinha, deixaria ela descansando, sei que está de cabeça cheia com alguns novos problemas que apareceram, não ia lhe encher.
_Tudo bem, vamos lá_ levanto.
Em passos lentos vou caminhando até o banheiro, sinto alívio em liberar todo o líquido que eu estava segurando já há vários minutos, tive um pouquinho de dificuldade para levantar, mas consegui.
_Isso aí_ lavo minhas mãos.
Meu sono passou novamente, passei pelo quarto e desci para a cozinha, havia sentido desejo de comer o bolo que dona Fairte fez na tarde de ontem, peguei o mesmo da geladeira e uma fatia de melancia, sei lá, parecia uma boa combinação e eu iria comer.
_Será que você não vai querer jogar tudo fora depois?_ comento com minha filha.
Era um pedaço do bolo e outro da melancia, e não é que parecia mesmo bom? se Simone visse a cena já estaria com uma expressão estranha, como ela fica quando me vê misturando coisas diferentes para comer.
Após acabar, lavei o que sujei, desliguei a luz da cozinha e saí, fui passando pela sala e sobre a mesinha de centro havia um papel, me chamou a atenção e decidir ir olhar, peguei o mesmo e sentei no sofá.
_Ei princesa_ falei com a gatinha.
Eram novos contratos, olhei as assinaturas, acho que é isso que está lhe enchendo a paciência, ontem ela chegou feito fera, mas não descontou isso em mim, como uma vez já fez, mas também, eu fui lhe encher querendo saber porquê ela havia demorado a chegar em casa.
_São valores altos_ falo sozinha.
Lembro que quando ela chegou em casa, sentou no sofá e ficou olhando esses mesmos papéis, acho que se estressou e jogou aí, decido guardar, vou subindo as escadas e entro no escritório, uma bagunça estava, foi isso o barulho de ontem.
_Jesus_ sussurro.
O abajur tava jogado no chão, o computador dela bem na beira da mesa a ponto de cair, puxei o mesmo para o meio, me agachei e juntei os papéis e pastas que estavam no chão, quando me virei logo me assustei com ela ali.
_Que susto Simone_ levo a mão ao peito.
_O que fazia aí?_ perguntou.
_Vim guardar aqueles papéis e quis arrumar essa bagunça sua_ falo.
_Não precisava sol, eu ia arrumar isso depois_ fala.
_Relaxa, eu estava sem sono mesmo_ lhe digo.
_Me desculpe por isso_ pede.
_Está tudo bem_ passo a mão em seu braço.
_Desculpe se eu te assustei com o barulho causado aqui ontem_ lhe olho.
_Não assustou, mas não faça mais isso, descontar seu estresse nas coisas_ ela assente.
_Eu sei, mas estava enfurecida com aqueles problemas_ diz.
_O que foi agora?_ eu decido perguntar.
_Estão me devendo um grana alta, e nem duvido que eles já tenham até fugido agora_ resmunga.
_Quem são eles?_ ela me olha.
_Isso não interessa sol, não vou te encher com isso_ passa a mão no rosto.
_Eu sou sua esposa, estou com você, não estou? seus problemas também são meus, se eu tiver que matar, eu mato também_ Simone me olha surpresa.
_Fique longe de armas, dona Soraya_ sorrio.
_Por quê não me ensina?_ nos olhamos.
_Isso não sol, me peça qualquer coisa, menos isso_ sorrio.
_Me leve para resolver seus problemas, deixa eu estar ao seu lado para ajudar_ peço.
_Prefiro que fique em casa, cuidando dos nossos filhos, eu dou conta dos problemas_ me sento.
_Eu sei que sim, sempre deu conta, mas agora você tem alguém ao seu lado, então deixe sua esposa te ajudar_ pego sua mão.
_Você está brincando_ ela sorri.
_Não estou, está me vendo sorrir?_ lhe encaro.
_Vou pensar no seu caso_ me dá um sorriso.
_Pense com carinho, depois recompenso você, após nossa filha nascer_ ela dá um sorriso cafajeste.
_Pensarei com muito carinho_ Simone me ajuda a levantar.
Fomos para nosso quarto só quando insisti para terminar de arrumar essa bagunça dela, me deitei com sua ajuda e ela se deitou logo em seguida, ficou me olhando, sei que deve estar desacreditada ainda do que pedi.
Mas estou falando sério, eu preciso também fazer algo por ela, pela minha mulher, e eu quero ser útil nessa questão da sua vida, e mostrar que agora ela tem alguém para lhe ajudar no que der e vier.
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A agiota
ФанфикDe um lado, uma mulher fria e calculista, capaz de qualquer coisa caso nada saia como ela espera, e do outro lado, uma doce mulher que tem sua vida revirada com a descoberta da participação do marido em um grande roubo na empresa em que trabalhara. ...