O Inferno de Dante V

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Yara é alta, bem alta. É a maior mulher que eu já vi... e talvez seja uma das mais bonitas também. Espero que o Eros não tenha ouvido isso. O cabelo cacheado escuro dela se estende até o meio das costas, a pele chocolate dela reluz contra a luz do lustre, os olhos dela são os mais dourados dentre toda família, ela possui um corpo voluptuoso e extremamente sensual com seios fartos e quadris largos, seus lábios carnudos são adornados por um batom preto que parece de alta qualidade, o delineado de gatinho igualmente preto dela não parece ter qualquer imperfeição, o vestido dela é muito elegante, o tecido é vermelho vinho, a saia é em camadas, tem as costas abertas, o decote é generoso e discreto ao mesmo tempo, a fenda na saia mostra o quanto as pernas dela são malhadas, os saltos pretos deixam ela um pouco mais alta mas não muito. Nas mãos, ela trás uma espécie de cetro feito de ouro com serpentes de prata subindo pela sua extensão e uma joia entalhada em um formato de maçã, ela o usa como uma espécie de bengala, mesmo eu tendo certeza de que ela não precisa.

—Perdoem minha ausência repentina, precisei tratar de assuntos... divinos.

Os sons dos saltos dela contra o chão ecoam pela mansão, enquanto ela desce os degraus, Eros tem um sorriso radiante e olhos brilhantes no rosto assim como todo o resto dos Morningstar, até mesmo Camilla sorri como uma criança, pelo visto ela é muito amada pela família. Seus saltos alcançam o piso, Yara apoiou seu cetro à frente do corpo com as mãos apoiadas na joia com o formato de fruta. Seu sorriso é caloroso como o de uma mãe enquanto ela encara seus irmãos. Um à um, a família Morningstar abraçam sua irmã e trocando palavras de afeto, até que ela me percebe.

—Vejo que temos um rosto novo entre nós—Ela caminha apoiando o cetro pelo chão em minha direção e sinto meu coração bater mais rápido vendo o literal anticristo se aproximando, Eros se apressa a me apresentar como seu namorado e ela levanta uma sobrancelha, porém sorri.—Bem, isso certamente é inesperado vindo do nosso irmão, mas não deixa de ser uma boa notícia.

Apertamos as mãos ao som da indignação do Eros exclamando: "Da pra vocês pararem de insinuar que eu sou rodado!?"

—É um prazer te conhecer, Will. Espero que nossa família tenha te acolhido bem.—Posso quase ouvir as veias nas testas do Raj e da Camilla saltando com as palavras dela.

—O prazer é todo meu, não se preocupe, todos tem sido muito acolhedores.—Minto na cara dura.

—Fico feliz com isso.—Yara pausa por um segundo olhando ao redor.—Mudando de assunto, onde está o Connor?

—Ele estava com sono, então pedi pra Barbatos levar ele pro quarto.

Yara suspira.

—Ah Connor...

—Bem, eu queria muito explicar como nós nos conhecemos, mas nós acabamos de chegar, então é melhor a gente guardar nossas malas agora que já apresentei ele pra rodo mundo.—Eros explica pegando uma das malas das minhas mãos.

—Naturalmente, sinta-se em casa Will, e não deixe a grandiosidade de nossa humilde casa te intimidar.

Segui Eros até o segundo andar ouvindo alguns comentários nem um pouco discretos como Camilla cochichando: "Ele acha que tá arrasando né?" ou Amber dizendo: "Eu achei ele um gostoso, oh lá em casa.", e Raj a respondendo: "Aquieta esse cu, Amber!" Seguimos até um corredor decorado com pilares com estatuas em cima, quadros e candelabros, passamos por varias portas com os nomes de cada Morningstar até chegarmos na porta com o nome do Eros, que estranhamente é a última e mais afastada. Eros tirou uma chave do bolso e a destrancou. O quarto é exatamente o que eu esperava de um quarto do Eros, a cama a esquerda é queensize e tem um lençol vermelho sangue, mais pro centro existe uma barra de pole dance, o que me faz questionar como a irmã dele permitiu a instalação disso, o armário fica contrário à cama e ao lado dele existe uma poltrona acolchoada que eu imagino servir pra danças de colo. Assim que entramos, escuto a porta ser trancada atrás de mim e nesse momento apenas uma coisa se passa pela minha cabeça: "Fodeu, virei almoço."

Sinto as mãos do Eros passearem pelo meu corpo e sua boca beijar meu pescoço.

—As malas podem esperar, eu quero você.

—A gente transou à três horas atrás Eros!

—Eu não controlo quando eu tenho tesão Will, você sabe disso.

Não consigo negar meus próprios desejos apesar de tudo, ajudamos a tirar as roupas um do outro enquanto nos beijamos, peguei Eros no colo enquanto retribuía os chupões em seu pescoço, a melodia dos gemidos dele começaram a soar pelo quarto, reagi apertando sua bunda forte o bastante pra deixar marcas e o prensei contra a cama sentindo sua ereção contra a minha. Desci meus beijos pelo seu corpo, chupei e mordisquei seus mamilos sendo agraciado por suas arfadas, desci um pouco mais e abocanhei seu pau, seu gosto salgado invade minha boca enquanto subia e descia gradativamente mais rápido e apreciava a visão dele se entregando cada vez mais ao prazer. Senti o gosto do seu sêmen invadir minha boca enquanto ouvia seu grito de prazer e o engoli prontamente.

—Nada mal—Ele ofegou após o fim do meu primeiro boquete.—, acho que eu te daria uma nota 8.

Subi de volta enquanto erguia suas pernas e beijei levemente seus lábios.

—Só oito? Minhas habilidades não são do seu agrado, lorde Asmodeus?

—Você precisa melhorar muito pra chegar no meu nível, projetinho de incubo.

—Então me deixe te dar prazer de verdade milorde.

O penetrei lentamente ouvindo-o gemer suavemente contra minha boca. Pressionei meu corpo no seu enquanto apoiava suas pernas em meus ombros. Seu olhar perdido em tesão me encarava com paixão e eu devolvia na mesma intensidade, avancei cada vez mais rápido ouvindo ele gritar cada vez mais alto de prazer e sentindo seu interior me apertar cada vez mais forte. Usei minha mão livre pra masturbá-lo rapidamente, queria que ele gozasse comigo, e algum tempo depois senti meu orgasmo chegando e despejei meu esperma dentro dele, vendo-o gozar sobre o próprio corpo com um gemido alto. Após o ato, lambi sua barriga sentindo o mesmo gosto salgado preencher minha boca.

Nos beijamos com intensidade e vontade prontos pra começar um segundo round, até ouvirmos batidas leves na porta.

—Uh... Eros? A Mei chegou, ela vai começar a... cozinhar... pediram pra eu avisar... vocês...—Reconheci a voz cansada do Connor do outro lado.

—Ah... claro querido, nós já vamos descer.

Ouvimos passos se afastando e nos levantamos lentamente, ainda sentindo a sensibilidade pós orgasmo e Eros me leva pela mão até o bainheiro.

—Acha que ele ouviu alguma coisa?

—Acha que eu não pensei nisso mon chérie? Eu apliquei meu poder nas paredes, podíamos ter detonado uma bomba aqui e ninguém ia ouvir.

É assustador o quanto eu nunca percebo quando ele usa o poder dele, mas felizmente é bom saber que ele é meu parceiro. Mais algo acaba me incomodando, minha mente acaba me lembrando do que ele disse. Projetinho de incubo... Eros quer me transformar...

Por que sinto um calafrio subir pela minha espinha ao pensar nisso?

Tasteful DepravityOnde histórias criam vida. Descubra agora