O Inferno de Dante X

9 1 5
                                    

O jantar da noite passada foi estressante pra mim depois do que eu ouvi. Não tinha certeza do que Alastor ou Mei estavam falando, mas algo me diz que os outros não gostariam de saber disso. Não sei se é mais uma mentira dele, mas fiquei com o cu na mão deles decidirem contar pra todo mundo. Tenho certeza que o jeito desajeitado que comi o ramen ontem deixou na cara a minha tensão. Pelo lado bom, Eros ficou bem melhor depois da conversa e ele usou o colar que eu dei a ele, na verdade, ele só tirou quando fomos dormir. Não sei se o nosso problema terminou, mas acho que esse foi um progresso positivo. 

Hoje, porém, parece que as coisas voltaram à programação normal. Acordei com uma sensação molhada e quente vocês sabem onde. Me deparei com Eros chupando meu pau assim que puxei as cobertas de lado. Ele me olhou com aqueles olhos travessos de sempre antes de se afastar e substituir sua boca por sua mão me encarando com um sorriso.

—Bom dia, mon chérie! Finge que eu não tô aqui, só tô tomando meu café da manhã.—Ele moveu a boca pras minhas bolas depois de falar.

—Podia ter esperado eu acordar.—Sua boca fez som de pop quando ele parou de chupar outra vez pra me responder.

—Não finja que você não tá gostando.—Ele voltou a chupar meu pau de maneira... gulosa, pra dizer o mínimo.

—É, eu tô.

Usei uma mão pra guia-lo, agarrando seu cabelo firmemente. Eros gemeu da maneira lenta e continua que ele sempre faz, sua língua rodeava minha glande e traçava as veias por toda extensão do meu pau, seus olhos nunca perdia o contato visual comigo, o olhar era manhoso, pidão e faminto, os sons de chupadas e engasgadas falsas são música pros meus ouvidos.

—Puta merda, Eros!—Mal consegui dizer por baixo dos gemidos.

—Qual é, Will—Suas escleras se escureceram. Suas unhas se tornaram garras e causaram calafrios contra minha pele.—, você sabe do que eu sou capaz!

Sua língua longa se enrolou como uma cobra em mim e começou a subir e descer cada vez mais rápido. Acho que ele deixou Asmodeus sair da jaula. Só sei que o que ele faz sempre me leva ao céu, ou melhor, me deixa um pouco mais perto do inferno. A sensação é maravilhosa! Meros segundos disso foram o suficiente pra despejar meu sêmen direto na sua boca.

—Hmm... delicioso!—Sua voz soou como as vozes de duas pessoas falando ao mesmo tempo por um segundo. Ele pareceu notar a transformação e forçou sua forma humana a voltar ao normal.—Foi mal, depois do desabafo de ontem eu me sinto um pouco mais leve, mas pelas suas juras de amor de ontem, acho que você não se importa de me ver liberar o demônio, não é?

Eros se aproximou de mim com um sorriso cheio de malicia no rosto.

—Não posso negar, te ver assim é um tesão.—Beijei sua boca brevemente, queria muito trocar nossas posições e fode-lo até ele ver estrelas, mas estamos sem tempo hoje. A atividade em família de hoje é um churrasco. A própria Yara disse: Nada melhor pra um evento em família do que um churrasco com bastante picanha.

Eros e eu fomos direto pro chuveiro. Nosso banho foi normal, nada de pervertido aconteceu dessa vez, só uns beijos de língua e mãos bobas de vez em quando. Nos arrumamos após o banho, ele usou um bikini one piece preto por baixo e um short preto simples. Achei ele sexy e ao mesmo tempo comportado, já eu vesti uma camisa vermelha florida, um short azul e um chinelo também vermelho. Assim que saímos, minhas narinas são agraciadas com o cheiro da carne, fizemos nosso caminho até os fundos da casa, aqui é uma área de laser. Tem uma churrasqueira, forno e fogão à lenha, uma geladeira cheia de cerveja e logo ao lado uma adega com bar. Perto, tem uma mesa de sinuca e uma mesa com uma tábua já cheia de carne(inclusive, o churrasqueiro é o Raj e ele usa um avental escrito: Dê para o chefe. Sem camisa.), além da área de churrasco, tem uma piscina, onde as meninas e o Connor estão. Uma coisa que chamou minha atenção é que a Camilla tá usando um bikini idêntico ao do Eros.

Como eu já havia dito, Raj tá na churrasqueira e Abbadon tá com uma cerveja na mão logo ao lado dele conversando, Alastor bebe alguma coisa sentado no bar com o Abraxas o servindo como barman. Assim que chegamos, Eros foi direto pra piscina com as outras e me deixou com os caras. Assim que ele saiu, todos viraram o olhar pra mim. 

—Olha quem finalmente decidiu aparecer.—Abraxas comentou enchendo o copo do Alastor.—Senta ai, deixa eu te servir um drink.

Sentar e beber ao lado do Alastor? Porra... parece que o universo quer me torturar. Mas quem sou eu pra recusar bebida de graça?

—Ouvimos dizer que você e o Eros tiveram uma dr, precisamos nos preocupar?—Ele me serviu um copo de tequila.—Não é comum um casal ficar de mal na primeira reunião de família juntos.

—Foi só um mal entendido entre nós, a gente conversou bastante ontem e conseguimos nos resolver.

—Tomara que sim meu amigo, eu não iria querer irritar essa família se fosse você.

Alastor terminou sua bebida e se levantou.

—Peço perdão, mas infelizmente não poderei acompanhar o evento de hoje.—Senti sua mão sobre meu ombro e instantaneamente congelei.—Um bom dia para você, senhor Will.

Só respirei aliviado quando ele foi embora. Algumas horas depois chegou o momento dos presentes. Eros mostrou o colar com orgulho, Amber e Mei reagiram com "own" enquanto os outros se mantiveram neutros ou no caso da Camilla, rolaram os olhos. Mei adorou os hashis e me deu um abraço apertado, vi os olhos do Connor brilharem com os livros, pelo menos foi uma reação, Raj se limitou a um "nada mal" pelas luvas, mas pude ver o sorrisinho dele, Amber gostou da pulseira mas não parece ter se impressionado já que ela deve ter várias dessas, Camilla se distraiu com o próprio reflexo então não sei se ela gostou do espelho e Yara sorriu e decidiu beber uma taça do vinho que eu dei pra ela.

Ao final do dia, chamei Eros pra caminhar na praia um pouco. Isso na verdade foi uma desculpa pra falar sobre o que eu ouvi ontem. Ele ouviu tudo com uma expressão bem séria.

—Isso é estranho, você tem certeza mesmo que é humano?

—100%. Sempre achei meio estranho eu nunca ter ficado doente, mas fora isso nunca percebi nada fora do normal em mim.

—Seus pais nunca te falaram nada de estranho?

—Nunca.—Ele ficou pensativo por um tempo enquanto caminhávamos pela areia.

—Sua mãe ainda está em Quinton, não é? Podemos perguntar a ela.

—Duvido que ela vá dizer a verdade se ela realmente estiver se escondendo de alguém como o Alastor insinuou.

—Verdade, mas vale a pena tentar, não é?—Suspirei derrotado, parece bastante que ele só quer uma desculpa pra conhecer a minha mãe.

—Tudo bem, vou ver se marco um almoço pra gente.

—Isso! Mal posso esperar pra conhecer minha sogrinha!

Cai na risada com a reação dele. Decidimos voltar pra casa antes que ficasse muito tarde.

Tasteful DepravityOnde histórias criam vida. Descubra agora