Capítulo 2- O bilhete

265 59 7
                                    


Boa leitura!

~~~~~~📖☕📖~~~~~~

Carina não respondeu ao e-mail de imediato, pois de forma bem inesperada, a semana foi agitada na livraria. Fornecedores apareciam a todo momento, e uma boa quantidade de pedidos para um determinado livro ocupou bem o seu tempo.

Provavelmente, algum influenciador famoso comentou sobre o livro na TV ou na internet. Isso acontecia de vez em quando, transformando títulos esquecidos em verdadeiros tesouros literários.

Ela achava engraçado como da noite para o dia o desejo das pessoas de consumir algo se transformava completamente. "É como se o destino de um livro dependesse de um toque mágico de um influencer," pensou Carina, com um sorriso. "Um dia, ele está pegando poeira na prateleira, no outro, todo mundo quer um exemplar."

O bilhete que tinha encontrado no sebo foi colocado em uma gaveta e temporariamente esquecido. Ela o guardou ali com a intenção de responder mais tarde, mas a semana passou em um piscar de olhos, envolta na correria que comentamos. A italiana mal teve tempo para pensar no bilhete.

Outra pessoa também tinha esquecido o bilhete: Maya. Ela estava ocupada com a expectativa de conseguir a vaga gastou um tempo considerável vendo vídeos no YouTube, onde batistas explicavam milhares de coisas. Acabou que focou suas energias nisso.

Apesar da dedicação que estava tendo em aprender alguma coisa para o novo emprego, ela já estava acostumada com negativas, mas dessa vez, queria realmente a vaga.

Parecia ser um ambiente bom para trabalhar, no meio das duas coisas que mais amava: café e livros. "Ser recusada nele seria o fracasso do fracasso do fracasso," pensava, mordendo os lábios de ansiedade.

Toda vez que um novo e-mail chegava, seu coração disparava, apenas para ser seguido por uma decepção ao perceber que era apenas uma propaganda ou uma notificação irrelevante.

📖☕📖

Alguns dias mais tarde, Carina estava em casa organizando algumas coisas quando encontrou o livro e o bilhete novamente. Ela se jogou no sofá, pegou o papel, leu mais uma vez e sentiu novamente aquela sensação de calor no peito. Era uma das coisas que mais gostava em escrever: a capacidade de tocar as pessoas de uma maneira que nem poderia imaginar.

Ficou olhando para o pedaço de papel por alguns momentos, absorvendo a simplicidade e sinceridade das palavras. Podia imaginar a pessoa do outro lado, alguém que compartilhava o amor pela literatura e que talvez estivesse buscando uma conexão significativa. A mensagem era tão genuína e despretensiosa que despertou em Carina um desejo de responder.

Decidida, ela ligou o computador e esperou pacientemente enquanto ele inicializava. Com o bilhete ao seu lado, que tinha o endereço eletrônico, ela abriu sua caixa de e-mails e se preparou para escrever uma resposta. Antes de começar a digitar, porém, notou uma mensagem não lida em sua caixa de entrada.

Curiosa, clicou na mensagem e viu que era uma candidatura para a vaga de barista. Ao ler as palavras cuidadosamente escritas, Carina sentiu uma boa animação. A candidata parecia entusiasmada e dedicada, qualidades que Carina valorizava muito.

Sem pensar duas vezes, pegou o telefone e ligou para o número fornecido para marcar uma entrevista. Ela esperava que aquela ligação pudesse ser o começo de algo bom, tanto para a livraria quanto para quem havia enviado a mensagem.

📖☕📖

Era uma segunda-feira, dia oficial de recomeços, quando Maya chegou para a entrevista. Estava nervosa, sentindo as mãos suadas e o coração acelerado.

Libri e Latte (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora