Capítulo 14 - Cuidado - Parte 2

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Boa leitura!

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Maya acordou de repente no meio da noite, sentindo um desconforto vago, como se algo estivesse errado. O barulho de algo caindo, provavelmente vindo do quarto de Carina, fez seu coração disparar. Sem pensar duas vezes, ela se levantou rapidamente e foi até o quarto. Ao abrir a porta, viu Carina sentada, o abajur tombado ao lado da cama, a luz suave ainda iluminando parcialmente o cômodo, só que do chão.

— Carina, o que aconteceu? — perguntou, aproximando-se rapidamente, o coração ainda acelerado.

Carina, com os olhos meio fechados e claramente febril, olhou para ela, tentando se focar. — Eu... estava tentando levantar para pegar um copo d'água, mas acabei me desequilibrando — disse, a voz rouca e fraca, quase como um sussurro.

Maya sentiu uma onda de preocupação apertar seu peito ao ver Carina naquele estado. Sem hesitar, ajudou Carina a se sentar de volta na cama, percebendo o calor intenso que emanava dela. O toque de Carina em seu braço era suave, quase como se ela estivesse se segurando para não cair.

— Você está queimando em febre, Carina. Espera só um minuto, vou pegar um copo d'água para você e um remédio — disse enquanto ajeitava os travesseiros atrás de Carina, garantindo que ela pudesse se recostar confortavelmente.

— Tem na cozinha... na bancada... — murmurou Carina, visivelmente fraca, mal conseguindo manter os olhos abertos.

Maya assentiu rapidamente e saiu do quarto, seus passos ecoando pelo apartamento silencioso. A cozinha estava escura e fria comparada ao calor que vinha do corpo febril de Carina. Ao procurar por todas as bancadas, Maya achou, mas percebeu que o frasco de remédio estava vazio. Um suspiro preocupado escapou de seus lábios enquanto pegava um copo d'água e retornava ao quarto.

— Aqui, beba devagar — disse ela, entregando o copo para Carina, que o pegou com mãos trêmulas, tentando não derramar nada.

Carina tomou alguns goles pequenos, fechando os olhos enquanto sentia a água aliviar um pouco da secura em sua garganta. Maya observava cada movimento, o rosto marcado pela preocupação crescente.

— Tem mais remédio em algum lugar? Não vi nada na cozinha — Maya perguntou, os olhos fixos nos de Carina, procurando por alguma resposta que não envolvesse mais complicações.

Carina balançou a cabeça levemente, seus olhos pesados de sono e cansaço. — Acho que acabou, então... não me lembro de ter comprado mais.

Maya mordeu o lábio, pensando rapidamente no que fazer. Quando se levantou para pegar o celular, ouviu a voz baixa e frágil de Carina.

— Você já vai? — murmurou Carina, virando lentamente a cabeça na direção de Maya, os olhos quase suplicantes.

A loira parou no meio do movimento, observando a expressão abatida de Carina. A preocupação estava estampada em seu rosto. Ela se abaixou um pouco, apoiando a mão no colchão para manter o contato visual, tentando transmitir calma. — Só vou buscar meu celular para ligar para a farmácia 24 horas e pedir um remédio. Vou voltar em um segundo, tá? — disse Maya, suavizando o tom da voz, como se estivesse tentando acalmar a si mesma também.

Carina apenas assentiu, fechando os olhos novamente, exausta demais para argumentar. Maya saiu do quarto e rapidamente ligou para a farmácia, solicitando o remédio com urgência. Confirmou a entrega e voltou ao quarto, sentando-se na beira da cama, ainda observando Carina com uma expressão preocupada.

Libri e Latte (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora