Capítulo 31 - Parte 1

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Eita que a história está andando rápido! Aproveitando uns dias mais tranquilos para finalizarmos.

Curta, comente, incentive a escrita

Boa leitura!

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O resto da viagem foi ótima e o retorno tranquilo, e a rotina logo as absorveu de volta. O tempo no resort havia sido mais que um sucesso, um momento de conexão e relaxamento que deixou ambas leves. No entanto, ao voltarem, Maya optou por passar algumas noites no próprio apartamento. O motivo? Uma pilha de relatórios do trabalho que precisava ser revista.

Embora Carina tivesse oferecido o aconchego de seu apartamento, entendia que Maya funcionava melhor em seu próprio espaço quando se tratava de trabalho.

As semanas se passaram rapidamente, uma mistura de idas e vindas. Em alguns dias, Maya dormia na casa de Carina; em outros, voltava ao próprio apartamento, focada no trabalho.

Não era algo ruim, era a realidade do momento. Era uma rotina que elas haviam aperfeiçoado com o tempo, equilibrando o tempo que passavam juntas com as exigências do cotidiano. Mas, no fundo, havia algo maior para ser enfrentado: Carina queria Maya com ela o tempo todo e a engenheira pensava em apresentar sua namorada para a família antes de qualquer passo maior.

Não era algo que estava escrito em algum lugar, que ela era obrigada a fazer isso. Mas de alguma forma sentia que era o certo a ser feito. Só que tinha um detalhe, Maya nunca havia apresentado ninguém, só que agora com 26 anos, tinha chegado o momento se fazer esse tipo de coisa. Era algo dela, tinha que fazer.

Alguns dias depois, em um sábado, Maya estava ao volante, guiando o carro pela estrada ensolarada. Já não dirigia com aquele cuidado excessivo e por isso, as piadinhas da italiana tinham cessado nesse quesito.

A brisa leve que entrava pela janela ajudava a acalmar os nervos, mas ainda assim, a mais nova parecia mais concentrada do que o normal.

Carina, sentada ao lado, observava a namorada em silêncio, percebendo os dedos de Maya apertando o volante com um pouco mais de força que o necessário.

— Nervosa? — perguntou suavemente, inclinando-se levemente para tocar o braço dela, o gesto casual, mas carregado de cuidado.

Maya riu brevemente, sem tirar os olhos da estrada.

— Um pouco. — Ela soltou uma das mãos do volante e passou pelos cabelos, um hábito automático que Carina reconhecia como sinal de ansiedade. — Não é que eu ache que eles vão ser rudes ou algo assim. É só que... minha mãe não costuma ser muito expressiva e sincera na cara das pessoas.

Carina deslizou a mão até o joelho de Maya, pressionando de forma leve e reconfortante.

— Vai dar tudo certo. Acho que sua mãe vai perceber o quanto você está feliz. — Cá italiana fez uma pausa, observando o perfil de Maya. — E, se ela for como você, vai ser difícil resistir a isso.

Maya desviou o olhar por um breve segundo, sorrindo de canto ao ouvir o comentário de Carina. — Igual a mim — Maya riu, poderia até ser, mas não tinha como ter absoluta certeza — Você está confiante demais, hein? Não que eu queira te desanimar, não é nada disso... Só precisava de um pouco dessa confiança.

Carina riu, apertando um pouco mais o joelho de Maya. — Confiante em nós. — Ela disse isso de maneira tão simples, mas cheia de segurança, que o sorriso de Maya ficou mais genuíno.

O trajeto continuou com o clima um pouco mais leve, e logo chegaram à casa dos pais de Maya, em um bairro tranquilo com casas de fachadas simples e jardins bem cuidados.

Libri e Latte (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora