Capítulo 23 - Parte 4

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Cap + 18 anos


Vamos resolver o que precisa ser resolvido hoje, vou soltar o capítulo de hoje e o do fim de semana


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Boa leitura!

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Ao entrar no quarto, Carina deu uma olhada ao redor, seus olhos naturalmente sendo atraídos para o canto onde havia uma prateleira cheia de livros, fotos e pequenos objetos pessoais. Ela não precisou perguntar para saber que aquilo era uma extensão de Maya, como se cada livro e cada fotografia contassem uma parte dela.

— Esse é o seu cantinho, né? — Carina perguntou suavemente, com curiosidade genuína. Ela se aproximou da prateleira, deixando os dedos roçarem de leve as lombadas dos livros, como se estivesse tentando entender um pouco mais de Maya através de suas escolhas. — Cada detalhe aqui... parece muito você.

Maya, que havia ficado mais para trás, observou com um sorriso silencioso. Ela não tinha o hábito de mostrar tanto de si, mas ver Carina tocando as coisas que faziam parte de sua vida deu-lhe uma estranha sensação de vulnerabilidade, misturada com um conforto inesperado.

Quando se virou para olhá-la, os olhos castanhos encontraram os de Maya de uma forma que fez o quarto parecer menor, mais íntimo. Por um segundo, sentiram que o tempo havia desacelerado. Sem pensar muito, elas se aproximaram, e seus lábios se encontraram de novo. Dessa vez, o beijo veio sem pressa, com uma intimidade que parecia mais profunda, como se elas estivessem tentando comunicar algo que as palavras não conseguiam alcançar.

Quando se separaram, Maya sorriu, seu rosto ainda próximo ao de Carina, sentindo o calor da respiração da italiana contra sua pele. Ela deu um passo para o armário, quebrando o silêncio com um gesto prático.

— Vou pegar um pijama pra você — disse ela, a voz mais leve, enquanto procurava algo confortável. — E tem uma escova de dente nova no armário do banheiro, pode pegar.

Carina observava Maya com um sorriso pequeno, notando como aquela simplicidade criava um clima de proximidade entre elas. Ela se aproximou da cama, sentando na beirada, e deixou seus dedos percorrerem a colcha, sentindo a textura do tecido.

— Acho que faz muito tempo que eu não durmo numa cama assim... de solteiro — comentou Carina, lançando um olhar divertido para Maya enquanto seus dedos tocavam a borda da cama.

Maya se virou com o pijama nas mãos, rindo com o comentário.

— Tecnicamente, não é uma cama de solteiro. — Ela sorriu e explicou. — É uma cama de viúva. 

Carina sorriu, arqueando uma sobrancelha com um toque brincalhão nos olhos.

— Ah, tem diferença? — perguntou, provocando Maya.

— Tem, sim! — Maya riu, fingindo indignação. — O suficiente pra não ser tão apertado, mas também não é uma cama de casal. É... a medida exata. — disse, caminhando até a cama. —Cabe duas pessoas tranquilas, sem ficar apertado.

Carina deu uma risada suave, seus olhos brilhando com uma mistura de diversão.

— Bem, sem ficar apertado vamos ver, mas com certeza ela tem suas vantagens. — Ela se levantou, pegando o pijama da mão de Maya e deixando seus dedos tocarem os dela por um segundo a mais do que o necessário.

Libri e Latte (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora