Capítulo 7 - Desvendando pequenos romances com mistérios

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Boa leitura!

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Depois de um longo dia na livraria, Maya chegou em casa, tirou os sapatos e sorriu ao sentir o chão frio sob seus pés. Jogou os sapatos perto da porta e foi até a cozinha. Um bilhete preso na geladeira com um ímã de abacaxi sorridente chamou sua atenção: "Fui ajudar uma amiga no estúdio de fotografia. Não me espere acordada. Tente não queimar a cozinha! - April". Maya riu, balançando a cabeça.

Ligou o som e deixou uma música suave preencher o apartamento enquanto preparava um chá. Depois sentou-se no sofá e pegou um livro da pilha que ainda estava no chão. "Um dia eu arrumo essa bagunça," pensou, mas sabia que não seria nem hoje, nem amanhã. Após ler alguns capítulos, ela se lembrou de sua correspondente de e-mail e procurou seu celular para ver se havia uma nova mensagem na caixa de entrada. Procurou ao redor, frustrando-se ao perceber que provavelmente o tinha deixado na cafeteria.

Calçou os sapatos novamente e saiu para a rua. A cidade estava silenciosa, com as luzes refletindo na calçada molhada pela garoa. O ar fresco da noite e o som distante dos carros criam uma atmosfera tranquila. Ao chegar à livraria, destrancou a porta com a chave que Carina lhe dera para emergências. O ambiente escuro e silencioso tinha um ar mágico.

Ao entrar, Maya viu Carina debruçada sobre uma mesa, cercada por papéis e cadernos. Pegou seu celular no balcão, mas a curiosidade a fez se aproximar.

— Oi — Maya disse, dando um passo à frente, a respiração ligeiramente acelerada.

Carina ergueu o olhar lentamente, piscando para focar em Maya. — Maya? O que você faz aqui?

— Esqueci meu celular — respondeu, mostrando o aparelho e balançando-o levemente nas mãos.

Carina relaxou um pouco, esboçando um sorriso cansado. — Ah, sim. Eu vi ele ali no balcão, mas não sabia como falar com você.

Depois de guardar o celular no bolso, Maya deu alguns passos à frente, atraída pela desordem na mesa. — Está tudo bem? — perguntou, sentindo o cheiro do café recém-preparado vindo da mesa.

Carina suspirou, esfregando os olhos cansados. Seus ombros estavam tensos, e o rosto refletia o cansaço de um dia longo. — Sim, só fechando a contabilidade do mês — disse ela, com a voz ligeiramente rouca.

Maya observou por um momento antes de se sentar ao lado dela, puxando uma cadeira de madeira que rangeu suavemente no piso. — Precisa de ajuda? — ofereceu, pegando um dos papéis na mesa e examinando-o com atenção.

Carina levantou a cabeça, surpresa, mas logo esboçou um sorriso cansado. — Não... vai descansar. Eu tenho um pouco de dificuldade nessa parte, mas no fim consigo.

Maya olhou ao redor, vendo a desordem de notas fiscais, recibos e contas espalhadas. — Sabia que organizar recibos pode ser tão empolgante quanto ler um romance de mistério? — disse, tentando trazer um pouco de leveza à situação.

Carina riu, o som ecoando suavemente no ambiente silencioso. Ela relaxou um pouco, inclinando-se para trás na cadeira. — Sério? Então, me avise quando encontrarmos o culpado no meio desses papéis.

— Pode deixar. Eu já suspeito que o culpado seja o papel de nota fiscal amassada — disse Maya, com um sorriso travesso, pegando um papel amassado e levantando-o como se fosse uma evidência crucial.

Carina balançou a cabeça, ainda sorrindo. — Você é engraçada, Maya, mas realmente não precisa fazer isso.

— Deixa eu tentar — insistiu, pegando outro papel. Um sorriso confiante surgiu em seus lábios. O drama dos dias anteriores e a suspeita de que Carina tinha uma namorada ainda rondavam sua mente, mas naquele momento, não pareciam tão importantes. Agora, ela estava totalmente focada em desvendar o mistério dos recibos como se fosse a maior conspiração financeira de todos os tempos. Além disso, era uma ótima desculpa para ficar perto da chefe e impressioná-la com suas habilidades de contabilidade dignas de Sherlock Holmes.

Libri e Latte (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora