Libri e Latte (Concluída)

Capítulo 29 - Parte 3

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Boa leitura!

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Alguns dias depois da promoção, Maya já estava se ajustando ao novo cargo na fábrica. A rotina de liderar sua equipe vinha sem muita cobrança, e Renata, sempre disponível, fazia questão de orientá-la e reforçar que a confiança da diretoria estava bem colocada.

Maya, sem pressa de provar nada, apenas queria fazer o melhor trabalho possível. Clicando um. Bom clima na equipe e ajudando quem precisasse, além de sempre ouvir a sugestão dos colegas.

Em casa, a leveza dessa nova fase também se refletia em seu relacionamento com Carina.

Naquela noite, depois de um longo dia, elas estavam relaxando no sofá. Carina estava deitada com a cabeça apoiada no colo da namorada, enquanto Maya acariciava seus cabelos, os dedos deslizavam com cuidado, em um gesto natural e carinhoso.

— Então, você já escolheu qual vai ser o carro? — perguntou Carina, quebrando o silêncio confortável, enquanto olhava para a namorada de baixo, seus olhos curiosos, mas cheios de calma. Sabia que essa era uma etapa importante para a mais nova e valorizava e vibrava com o momento.

Maya sorriu, sem parar os movimentos nos cabelos da morena. — Acho que sim. Não quero nada muito chamativo, sabe? Só algo que seja prático e que me leve pra cima e pra baixo sem complicação. — Ela mexeu os ombros de leve, um gesto despreocupado, enquanto os olhos voltavam a focar no celular, onde o site da da fábrica ainda estava aberto, mostrando todas as opções disponíveis. Mesmo tendo trabalhado com alguns modelos, queria comparar para ver o que mais lhe agradava.

Carina ergueu uma sobrancelha, o sorriso suave ainda no rosto. — Prático e com 50% de desconto é ainda melhor, né? — brincou, esticando o braço para alcançar a mão livre de Maya, entrelaçando seus dedos.

Maya riu baixinho, concordando com a cabeça. — Exato. Sabe, eu até poderia  usar um que eles disponibilizam, mas acho que assim mostro mais meu comprometimento, sem falar que vou usar uma coisa minha, tem mais libertados.. . — Ela parou por um segundo, pensativa, mas com um sorriso nos lábios. — Ah, não te contei... meus pais ficaram super felizes. Eles até comentaram que não acreditavam que eu fui promovida tão rápido. Estou feliz que ficaram felizes.

Carina riu junto, apertando suavemente a mão de Maya. — Ah, claro que ficaram. Eu consigo imaginar sua mãe falando que era "sobre tempo", de tudo que você fala sobre ela.

— Exatamente isso que ela disse, parece até que você conhece ela — Maya respondeu, rindo de novo, o rosto relaxado. — Ela e meu pai ficaram super orgulhosos quando contei que era a supervisora mais jovem a assumir a posição que estou. Acho que eles estão mais felizes do que eu na verdade. — A voz de Maya se suavizou, um toque de vulnerabilidade ali, como se estivesse finalmente se permitindo processar tudo.

Carina percebeu o tom e levou a mão livre até o rosto de Maya, acariciando sua bochecha com o polegar, sem pressa. — Eu também estou muito orgulhosa de você — murmurou, olhando-a com suavidade. — E você deveria estar tão feliz quanto eles. Olha só o quanto você conquistou em tão pouco tempo.

Maya suspirou, sorrindo com os olhos fechados por um momento, enquanto as memórias do passado se infiltravam em seus pensamentos.

— Eu estou, de verdade — disse, com um toque de vulnerabilidade. — É que... às vezes, ainda parece surreal, sabe? Parece que em algum momento vão perceber que não sou boa o suficiente, que sou nova demais, sem experiência o sufieiente.