• A Hokage tem uma filha? Kakashi x S/n •

• Você voltou pra mim •

~ Kakashi pov ~

Ao abrir meus olhos, encontro-me deitado na cama de meu quarto. Sento-me e esfrego os olhos com as palmas das mãos. Meus braços, sem cortes, estão cobertos de pequenas estrelas desenhadas. Algumas são tortas e outras imperfeitas, mas algumas são realmente bonitas.

— Terminei. Ficaram feias, mas não ligo para a sua opinião. — Aquela voz...

Viro-me e congelo ao ver S/n segurando uma caneta. Ela me olha com um sorriso, e não consigo evitar as lágrimas. Ela estava ali... Sem hesitar, a abraço com força e choro, sentindo seu calor após tanto tempo. Minha garota estava ali, rindo de mim... mas estava ali.

— Sei que ficou emocionado por eu ter desenhado estrelas nos seus braços, mas não é pra tanto, né, Kakashi. — Ela ri alto.

Percebo que tudo não passava de um pesadelo. Seguro-a firmemente, temendo soltá-la depois de tudo que aconteceu. Ela retribui o abraço, mas não ouso soltá-la. Aquele sonho parecia tão real. Fico extremamente aliviado por tê-la de volta.

— Eu te amo tanto... tanto, tanto, tanto... — murmuro, chorando em seu ombro.

— Kakashi, meu amor... o que houve? — Sua voz soa preocupada.

— Não é nada, pinguim... apenas um pequeno pesadelo que eu tive...

Ficamos abraçados por cerca de quarenta minutos. Solto-a relutantemente quando ela diz que precisa ir ao banheiro. Observo-a entrar no banheiro e dou um grande sorriso, aliviado de que tudo não passava de um pesadelo, um pesadelo que eu nunca mais queria que se tornasse realidade.

Ela passa por mim em direção à cozinha. Ouço-a abrir as gavetas do armário e, então, ela grita irritada.

— Kakashi Hatake! Por que raios você continua misturando os talheres?! — Ela grita irritada, e eu agradeço a cada momento por isso. Por tê-la gritando comigo.

Corro até lá e a prendo em um abraço forte. Eu estava tão feliz, ela estava comigo.

— Desculpe, meu amor. Eu vou arrumar para você, ok? — murmuro, dando um beijo em seu pescoço, e como de costume, ela treme.

— O que deu em você hoje? — ela pergunta.

— Nada, só quero passar o máximo de tempo que puder com você. — digo, carinhoso.

— Sabe, gosto de você assim. — ela sorri.

Arrumamos a gaveta de talheres e conversamos sobre várias coisas. Na verdade, eu apenas a observei enquanto ela falava, admirando-a e sendo grato por tê-la comigo.

Decido fazer uma pizza para ela como mimo, e ela me 'ajuda', rindo. Alguns ingredientes faltam, então saímos para comprá-los no mercado. Durante todo o caminho, faço questão de segurar sua mão. Quando ela decide o tipo de uva a escolher, deixo-a pegar quantas uvas verdes quiser.

— Amor, quanto tempo vive uma minhoca? — ela pergunta.

— Já começou... — suspiro.

— Tipo, qual foi a minhoca mais velha do mundo? Quantos anos ela tinha? Será que ela tinha uma família? — ela continua.

— Não faço a menor ideia, S/n. — digo.

— Não me ama mais? — ela pergunta.

— Amo, é claro que eu te amo. — digo com um sorriso bobo.

— Então por que me chamou de 'S/n'? — ela cruza os braços enquanto voltamos para casa.

— Porque esse é seu nome. — sorrio.