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Dias depois.

Eu havia finalmente acordado, o meu corpo inteiro estava pesado e dolorido, como se eu pesasse o dobro do meu peso, meus olhos se abriram, e minha visão que antes estava embaçada, voltou ao normal. Quando tentei me mexer, eu senti uma forte dor em meu peito, e logo eu lembrei do que havia feito, apesar de estar bem mais sã do que antes, eu não me arrependia do que havia feito, de qualquer forma, agora eu poderia sempre lembrar do meu Rosado.

Olhando ao redor, eu percebi que havia alguém entrando no quarto, os meus olhos se arregalaram, e eu fiquei completamente pasma, pude sentir os meus olhos se enchendo de lágrimas, era Sanzu. Exatamente, ele estava vivo e aparentemente saudável, ele caminhou até mim, e sentou-se ao meu lado.

 Exatamente, ele estava vivo e aparentemente saudável, ele caminhou até mim, e sentou-se ao meu lado

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S/n: Sanzu? -Perguntei, descrente. — Meu amor, eu senti tanto a sua falta. — Eu respondi. Lágrimas surgiram em meus olhos.

Os olhos de Sanzu me encaravam friamente, como se estivessem prestes a me perfurar, a qualquer momento.

— Sanzu: Por que não me contou nada? -Ele perguntou.

— S/n: Contar o quê? -Perguntei.

Ele franziu as sobrancelhas, e se aproximou, ficando de pé, ao meu lado.

— Sanzu: Não se faça de burra, eu sei que você não é. -Ele respondeu, irritado, logo apontando o dedo para a minha barriga. — POR QUE NÃO ME CONTOU QUE ESTAVA GRÁVIDA?! -Sanzu gritou, enfurecido. — Você tem noção do trabalho que uma criança dá? Você tem noção do dinheiro que eu teria que gastar com roupas, comida, brinquedos, educação?... -Ele gritou.

Os meus olhos se encheram de lágrimas, eu nunca imaginei que em um momento como aquele, Sanzu pensaria primeiramente em seu dinheiro, no que no seu próprio filho, que eu carregava em meu ventre.
Abaixei a minha cabeça, e me mantive calada, eu estava decepcionada demais para abrir a boca.

— Sanzu: Você vai abortar essa criança. -Ele ordenou, me perfurando com seus olhos.

No momento em que aquelas palavras saíram de sua boca, eu senti como se uma adaga estivesse perfurando o meu coração. Eu não queria abortar aquele bebê, ele era tudo o que eu tinha.
Meus olhos se encheram ainda mais de lágrimas, e com ódio em meu olhar, eu disse as seguintes palavras.

— S/n: Eu não quero. Se você quer tanto matar esse bebê, me mate junto a ele.

Sanzu me olhou incrédulo.

— Sanzu: Meu amor... Você realmente quer trocar essa vida luxuosa por uma criança? -Ele ironizou. Se aproximando de mim, e colocando a sua mão em meu queixo.  — Eu posso te dar tudo o que você quiser. Eu posso comprar até mesmo o mundo, caso seja esse o seu desejo.

Enfurecida, elevei a minha cabeça, o encarando fortemente.

— S/n: Eu já tenho o que eu quero Sanzu, e você não pode tirar isso de mim.

Sanzu revirou os olhos.

— Sanzu: Coelhinha, você é tão bonita. A sua juventude é tão bela. Me dói apenas de imaginar a sua pele manchada e com rugas. Me dói de imaginar as noites que você passaria em claro, cuidando dessa criança. Não vale a pena.

O meu coração se quebrou em mil pedaços.

— S/n: A minha juventude é tudo o que importa para você? -Perguntei.

Sanzu se calou por alguns momentos. Abaixando a cabeça.

— S/n: Eu não me importo em ter ou não que cuidar dessa criança, eu apenas a quero viva e comigo.

O rosado continuava com a cabeça baixa, olhando fixamente para o chão.

— Sanzu: Você não entenderia S/n.

— S/n: O QUE EU NÃO ENTENDERIA, SANZU?! -Gritei, em meio a lágrimas. Minha expressão transmitia desespero.

Sanzu levantou a sua cabeça, e eu pude notar o seu olhar carregado de ódio, e algumas pequenas lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

— Sanzu: Eu nunca me imaginei tendo uma família, S/n. A verdade é que... Eu nunca tive uma família de verdade.

S/n: E por isso você quer tirar o meu direito de ter uma família? -Perguntei, irritada. — Eu também nunca tive uma família, Sanzu. Eu enxergo esse bebê, como uma oportunidade, para nós dois construirmos a nossa própria família...

— Sanzu: S/n, eu já fui a minha pior versão. Já bebi, já fumei, já transei com centenas de mulheres, já droguei pessoas, já me droguei, já bati em muitas pessoas, já cometi assassinatos, torturas... Essa criança não seria feliz tendo o meu sangue.

— S/n: O seu sangue? Você sabe que sangue não tem nada haver com caráter. Você pode mudar a qualquer momento, Sanzu. Apenas basta querer. - Expliquei-lhe.

— Sanzu: Por que você é assim? Tão orgulhosa? Você nem ao menos parece entender as minhas palavras.

— S/n: Tem certeza que a orgulhosa aqui sou eu? -Perguntei. — Isso não é motivo para você querer que eu aborte o meu filho.

— Sanzu: Eu apenas não quero que essa criança sinta a mesma dor que eu senti, S/n. Eu não sou uma pessoa boa. A verdade é que eu sou um monstro da pior espécie, eu deveria estar morto.

— S/n: Não, Sanzu. Você não deveria estar morto. Você não é um monstro, você apenas é um descontrolado, que precisa urgentemente de tratamento psicológico.

Os olhos de Sanzu se arregalaram, e ele me encarava firmemente. Ele logo abaixou a cabeça e se aproximou de mim, abraçando a minha barriga e deitando a cabeça em meu peito, começando a chorar feito um bebê. Quando eu iria retribuir o seu abraço, de repente Sanzu puxou uma faca de seu bolso.

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⏰ Última atualização: Nov 05 ⏰

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A Maldição De Te Amar || Sanzu Haruchiyo × S/N × ||Onde histórias criam vida. Descubra agora