Capítulo 17: Essência da Magia. (Part/1)

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          O Mestre se viu cercado por quatro figuras encapuzadas, seus rostos ocultos por máscaras. O ar estava carregado de tensão, e um cheiro de sangue e terra se misturava ao ambiente. Em um movimento sutil, a figura representada pela pena agachou-se ao lado da que ostentava a cruz, estendendo a mão com delicadeza, ajudando-o a se levantar. O Mestre, sempre astuto, sabia que cada movimento naquele círculo poderia ser decisivo.

          Ele avaliava os encapuzados, tentando decifrar os olhares ocultos sob as máscaras. O silêncio era pesado, como se até a natureza estivesse aguardando o desenlace daquele confronto. Com a cimitarra firme em sua mão, ele apertou o cabo, seu coração batendo rápido, cada batida ecoando como um aviso em sua mente.

          Quando a figura do escudo se moveu com velocidade impressionante, brandindo um porrete de ferro repleto de espinhos afiados, o Mestre sentiu a adrenalina subir. O porrete girou em um arco ameaçador, refletindo a luz de forma a criar um brilho cortante. Ele sabia que não podia hesitar. Com um movimento ágil, desviou para o lado, sentindo o vento gerado pelo golpe passar rente a ele. O impacto do porrete no chão fez a terra rachar, lançando pedras ao ar e criando uma cratera onde antes havia apenas solo firme.

— Eu falei para virem todos de uma vez se quiserem ganhar — disse o Mestre, sua voz firme e controlada, os olhos brilhando com determinação e um leve traço de desdém.

          O desafio pairava no ar, e, em um gesto furtivo, ele observou os encapuzados. Um deles trocou um olhar rápido com o outro, uma comunicação silenciosa que antecipava a ação. A figura representada pela espada, com um movimento fluido, desembainhou uma espada longa de uma mão, o brilho da lâmina cortando o ar ao se ergueu. Em seguida, ela avançou em direção ao Mestre, cada passo rápido e decidido, como se o solo tremesse sob seu peso. Enquanto isso, a figura representada pela caveira, com um gesto dramático, apontou uma varinha que parecia pulsar com uma energia. O ar ao redor dela começou a vibrar, um zumbido profundo ressoando.

          O Mestre, ciente do perigo, não perdeu tempo. Ele se agachou levemente, sua cimitarra pronta em um ângulo estratégico, o metal refletindo uma luz intensa enquanto ele se concentrava. O vento chicoteava seu rosto, trazendo consigo o cheiro de poeira e umidade, e ele sentiu a adrenalina inundar suas veias, cada batida do coração pulsando como um aviso de que a luta estava prestes a explodir.

          Quando a figura da espada se lançou na sua direção, a lâmina cortou o ar com um sibilo ameaçador. O Mestre girou para o lado, sentindo o ar quente do golpe passar próximo ao seu rosto, quase como um sussurro mortal. Em um movimento fluido, ele contra-atacou, seu braço se estendendo para desferir um golpe na lateral da figura encapuzada, buscando um espaço na defesa dela.

          Os olhos do Mestre queimavam de concentração. Ele sabia que cada movimento contava, e cada golpe poderia ser o último. A figura da espada, agora atenta, desviou-se para trás, sua máscara ocultando a frustração. O Mestre aproveitou a brecha e girou rapidamente, observando as outras figuras cercarem-no, prontas para atacar.

— Vocês não são páreo para mim — falou o Mestre, uma centelha de confiança nascendo em meio à tensão crescente.


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          Mas, antes que ele pudesse se sentir seguro, percebeu que seus atacantes recuaram, formando um semicírculo ao redor dele. Quando olhou para a figura representada pela caveira, a expressão de concentração dela deixava claro que era tarde demais para escapar. A varinha dela começou a vibrar, uma energia pulsante acumulando-se como se o próprio ar estivesse sendo consumido.

O Segredo dos Sete Reinos:   Prelúdios de GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora