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Importante: a meta para o próximo capítulo é de 25 VOTOS e 20 COMENTÁRIOS. Então votem e comentem bastante para eu atualizar mais rápido a história.







                                 VALENTINA LOPEZ







Perambulo pela casa enquanto posso. Sophie disse que as compras do mês acabaram antes do previsto, então teve que sair cedinho para comprar algumas coisas. Só entro na faculdade no período da tarde, então aproveito minha manhã tomando meu café e assistindo um bom filme.

Hoje será meu primeiro dia de aula no curso de medicina e estou tentando organizar todas as minhas coisas desde ontem para não correr o risco de chegar atrasada. Quero ficar atenta aos mínimos detalhes, seja quando o professor estiver explicando algo, seja quando estiver caminhando pelos corredores.

Escuto a campainha tocar e franzo o cenho. Sophie pode muito bem abrir a porta, a não ser que ela esteja com muitas sacolas que a impeça de fazer isso. Deixo a caneca sobre a pequena mesa de centro e ignoro que nesse momento estou com um blusão do Flamengo e apenas uma calcinha vermelha de renda por baixo. Só vou abrir a porta mesmo, e o máximo que dá pra ver é da metade das minhas coxas pra baixo.

— Eu imaginei que você ia precisar de... — interrompo minha fala quando dou de cara com a pessoa que menos iria querer ver nessa manhã. — ah, é você.

— Cadê a Sophie?

Héctor questiona, de um jeito frio, mas o olhar cativante dele que desce por todo o meu corpo não tem nada de frio. Que merda! Eu disse que não daria pra ver muito, mas quando se trata de homens eles parecem dar um jeito de nos desnudar só com os olhos. E por que caralhos ele tá me olhando assim?

— Não sei se você percebeu mas meus olhos estão aqui em cima. — Falo cruzando os braços e pela primeira vez ele me encara, mas logo em seguida me empurra devagar e saí caminhando como se fosse o dono da casa. — Ei, você não pode entrar aqui assim!

— Sério? Não te perguntei nada.

Reviro os olhos e bufo impaciente. Sério que ele vai dialogar como uma criança de quinta série? Suponho que ele deva achar que está arrasando com esse vocabulário.

— Aliás, você deveria usar uma roupa mais comportada, sabe? Essa aí tá mostrando demais. — Fort para em frente a geladeira e tira de lá uma garrafa pequena de água, que ele faz questão de engolir em segundos. Mas tá um puta frio lá fora, sorte que aqui dentro tem aquecedor.

— Não sei se você sabe mas essa casa aqui quem está pagando sou eu, o que significa que eu posso me vestir como eu bem entender. Agora eu exijo saber o que você faz aqui. — aponto o dedo em direção dele e ele caminha a passos lentos vindo até mim.

Descruzo os braços quando Héctor encosta e posso sentir seu hálito batendo em meu rosto. Ele cresceu muito nos últimos três anos, tenho que inclinar o máximo da minha cabeça para conseguir o encarar e não parecer intimidada.

Outra coisa que pude reparar agora é o quanto ele está musculoso. Não é mais aquele garoto esquio de antes, agora os bíceps dele podem servir tranquilamente de um bom travesseiro. Para de admirar esse idiota, Valentina!

— Não sei se você sabe, mas a Sophie paga essa casa muito antes de você, além de que ela é namorada do meu melhor amigo e também é minha amiga. Ou seja, posso entrar aqui quando eu quiser.

Noto o movimento de seus lábios enquanto ele fala, próximo, muito próximo de mim. Héctor me encara como se eu fosse uma pequena criatura para ele, mas ainda assim eu não deixo parecer que sou.

Segunda Chance - Héctor FortOnde histórias criam vida. Descubra agora