EPÍLOGO

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                                  VALENTINA LOPEZ








Vinte anos depois...






Os finais de semana sempre são resumidos a bastante barulho aqui em casa, já que meus quatro filhos fazem um barulho absurdo, além do meu marido que também se porta como uma criança. Sempre aos domingos também recebemos Marc e Sophie, que continuam sendo nossos amigos de longa data, assim como o casal de filho deles.



Por coincidência minha filha mais velha e o filho mais velho de Sophie, nasceram no mesmo ano e mês, possuindo poucos dias de diferença. Gael, filho de Marc e Sophie, é extremamente lindo e educado, só que com Aurora, minha filha mais velha, os dois parecem viver em um pé de guerra. Até acho que esses dois adolescentes de quinze anos irão repetir uma história parecida de romance que conheço...



Já a filha mais nova dos nossos amigos, Isabel, se dá muito bem com o nosso segundo filho, Augusto, ambos possuem dez anos e vivem colado um no outro. Não posso esquecer das minhas duas filhas gêmeas, Mariah e Mirian, que agradeço todos os dias por ter tido uma genética boa o suficiente e ter tido as duas sendo minha cópia, além de Aurora que também é ruiva dos olhos verdes, já Augusto é a cópia completa do pai.



— As vezes eu acho que esses dois vão acabar namorando. — Sophie sussurra no meu ouvido e encaro Aurora e Gael, ambos discutindo por alguma besteira como de costume, próximos a piscina, já que estamos tomando um sol na nossa área de lazer.

— Só não deixa o Héctor ouvir, se não ele mata o seu filho. — Digo entre risos e minha amiga acompanha.

— Tarde demais porque eu já...

Antes que Héctor complete sua fala o som de corpos caindo sobre a piscina chama a nossa atenção. Gael literalmente empurrou Aurora na água, mas como minha filha é tão esperta quando eu ela acabou levando o garoto junto, por isso o barulho foi tão estrondoso.


— Você é um babaca, Gael, já te falei que nunca te dei liberdade pra vir com essas suas brincadeiras idiotas! — Aurora bufa tirando os fios molhados do rosto, enquanto todos nós paramos de conversar apenas para observar a cena.

— Você fica me provocando porque quer, sabe muito bem que as consequências disso não serão boas. — Ele sorri ladino e nesse momento observo o quanto se parece com Marc.

Os cabelos penteados da mesma forma de quando o pai tinha por volta de seus dezoito ou dezenove anos, o sorriso que é acompanhado de covinhas quando aberto, além de já ser bastante alto considerando a idade que tem, literalmente puxou toda a genética do pai.

— Eu, te provocando? Você não tem vergonha mesmo, né garoto?! Desde criança é você quem vive puxando meu cabelo e falando no meu ouvido que sou horrorosa. — minha filha grita, nesse momento já deixando a piscina.

— E desde quando eu falei alguma mentira? Sou sincero desde criança quando digo que você é feia. — Ele dá de ombros, porém segue atrás da minha filha imitando seus passos, até Aurora se virar com um sorriso presunçoso nos lábios.

— Não acho que você me ache tão feia assim, Gael, lembra que semana passada, na escola, eu te peguei no flagra olhando pra minha bunda? — Aurora acusa o garoto que abre e fecha os lábios sem conseguir elaborar uma resposta.

— Ah não, falar que minha filha é feia eu até aceito, agora ele ficar olhando com desejo pra ela já é demais! — Héctor diz furioso, tentando se levantar da cadeira que está sentando, mas Marc que está ao seu lado não permite.

Segunda Chance - Héctor FortOnde histórias criam vida. Descubra agora