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                             VALENTINA LOPEZ






Me sentia completamente decepcionada com Héctor depois de tudo que ele me disse. Quando passamos a noite juntos, dormindo agarrados um ao outro, e lhe contei minhas dores mais profundas, eu me abri para ele, contei uma parte de mim que já não contava a ninguém por muito tempo, só que aparentemente nem mesmo eu compartilhando algo que nunca havia compartilhado, não foi o suficiente para ele confiar em mim.

Ele tentou conversar comigo quando saí ontem do meu trabalho e depois me ligou incontáveis vezes, mesmo tendo noção de que recusei todas as suas ligações. Sei que hoje ele não irá me incomodar, pois Sophie me disse, antes de viajar para Londres e visitar Marc, já que tem uma folga do trabalho, que o time está em uma viajem para outra cidade, onde será realizada uma partida do campeonato espanhol.

Aproveito enquanto me encontro no refeitório da faculdade e pego a apostila com os assuntos de bioestatística para estudar para avaliação, já que daqui há alguns minutos ela será aplicada em sala. Enquanto me concentro no assunto, percebo que um movimento se faz presente em volta da mesa onde descanso os meus objetos de estudo.

— Oi, Valentina. — ao inclinar meu rosto vejo Álvaro me cumprimentar com um sorriso imenso nos lábios. — Tudo bem?

— Oi. Estou bem.

Tento ser o mais objetiva possível e tento o ignorar, mesmo que ele tenha se sentado em uma cadeira praticamente de frente para mim. Nesse momento a matéria de biosestatística parece bem interessante...

— Então, fiquei sabendo que você tá namorando com o Héctor...


A voz de Álvaro me faz perder totalmente o foco, mas não só isso, também a suposta informação que ele questiona de forma invasiva. Eu namorando com Héctor? Estávamos ficando de forma fixa, eu acho que é isso, mas não teve pedido algum, sequer ele citou que estamos namorando e depois do que ocorreu ontem, prefiro manter uma certa distância dele por alguns dias, ao menos dar um gelo para ele entender que errou comigo.

— Quem te falou isso? — questiono mantendo minha expressão séria e ele sorri ladino.

— Ele mesmo ontem. Parece ter ficado bem puto porque eu estive no seu trabalho, sem falar que... Deixa pra lá.

Ele faz um sinal com as mãos, meio que indica pra esquecer o que ele quase disse, mas a pulga atrás da minha orelha me faz despertar uma curiosidade sobre sua fala. Que merda Héctor disse pra ele? Ou melhor, em qual momento os dois conversaram e eu não vi?

— Deixa pra lá nada, Álvaro. Não vi Héctor conversando com você ontem no meu trabalho, então, quando isso aconteceu? — pergunto.

— Ele me esperou na saída do local, Valentina, e posso te dizer que ele tá bem possessivo pro seu lado. Se eu fosse você iria abrir o olho com o tipo de cara que anda se relacionando, ele quase me quebrou apenas por ter ido em um estabelecimento onde qualquer pessoa pode ir... — a forma sugestiva que Álvaro fala, tentando me jogar contra Héctor só me far sorrir do teatro dele.

— Você tá querendo insinuar que Héctor é um agressor? Acorda, Álvaro, eu conheço ele há dezoito anos!

— Conhece? Que eu saiba nos últimos três anos você não esteve aqui, e não estou insinuando que ele seja um agressor de mulheres, mas sim que caras que agridem suas companheiras começam justamente assim. Ciúmes em excesso, possessivos demais e que tentam agredir os caras que já foram companheiros de sua atual ou que ao menos olham pra elas.

Segunda Chance - Héctor FortOnde histórias criam vida. Descubra agora