24

527 47 67
                                    

Importante: Volto com o próximo capítulo quando esse aqui bater a meta de 30 VOTOS e 30 COMENTÁRIOS.














                                   VALENTINA LOPEZ










Reviro de um lado pro outro na minha cama escutando um pouco longe batidas em algum portão da vizinhança. Que merda que essas pessoas tem na cabeça? É madrugada, a única coisa que as pessoas querem nesse horário é dormir e repor as energias de um dia cansativo!


O barulho continua persistindo e parece que dessa vez o sono se esvai de mim. Abro os olhos, passando minhas mãos sobre eles, agora mais desperta noto que o barulho não vem do portão da casa de algum vizinho e sim daqui de casa! Quem será uma hora dessas, pelo amor de Deus?

Saio da cama e calço meus chinelos, decido não trocar de roupa e ir com o baby doll azul claro que usei para dormir nessa noite. Caminho de forma devagar pela escada, já que não pretendo tirar o sono de tia Márcia e assim que chego na sala abro a porta recebendo o ar frio da madrugada.


— Já tô indo, merda! — exaclamo após mais uma vez ouvir as batidas soarem. A pergunta é como tia Márcia ainda não acordou com tanto barulho? Queria estar com o sono tão bom assim. Abro o portão devagar e quando vejo a figura masculina não posso acreditar. — Que merda você tá fazendo aqui?


Héctor Fort está no portão da minha casa. Que merda ele tem na cabeça? Mantenho os olhos arregalados notando seu visual macabro. Ele está todo de preto, com um moletom e usando o capuz do mesmo, além de colocar um boné por baixo do capuz.

— Será que você não sabe que a esse horário não deve abrir o portão de casa? Poderia ser um ladrão, Valentina! Já tô vestido como um pros daqui não me atacarem. — Ele diz me empurrando pra dentro do quintal e eu acabo sorrindo irônica.

— Você tá achando que o Brasil é o que, meu filho? Aqui até pode ter ladrão, mas não do tipo que bate no portão, se eles quiserem eles pulam o muro! — exclamo balançando as mãos e Héctor encara todo o meu corpo, lambendo os lábios no meio do percurso.

— Porra, ruiva, você tá um tesão assim! — ele tenta se aproximar de mim mas o afasto rapidamente adentrando a minha casa.

— Nem adianta vir me chamar de ruiva, moranguinho, linda, seja lá o que você...

Antes que eu termine de falar ele puxa meu braço e cola sua boca na minha, me empurrando e fazendo com que eu bata minhas costas na parede da sala. Eu não queria corresponder ao idiota, mas é tão difícil não aproveitar da boca dessa infeliz...

Mas eu não posso ceder! Eu falei um dia atrás que não aceitaria ser corna mansa e agora estou literalmente beijando na boca do cara que me traiu. Empurro Héctor, reunindo todas as forças possíveis do meu corpo, e ele suspira.

— Valentina, eu posso explicar tudo pra você. Se eu não tivesse uma explicação plausível não teria saído da Espanha e vindo até aqui. Se eu não te amasse, pouco me importaria em qual seria a sua reação depois daquela fofoca mentirosa.

Pondero por alguns segundos após sua fala. Realmente não faria sentido ele não me amar e passar horas dentro de um avião apenas para tentar acertar as coisas comigo, ele faria questão de sequer me procurar, o que não está acontecendo agora.

Sem falar que da última vez ficamos anos sem nos falar por não termos conversado, por sermos imaturos e não quero repetir a mesma coisa outra vez. Se Héctor me traiu eu terminarei o relacionamento, mas não guardarei mágoas como guardei antes, já que isso não edificará em nada a minha vida.

Segunda Chance - Héctor FortOnde histórias criam vida. Descubra agora