Isabel Morais é uma jovem de Lisboa, conhecida por sua emotividade, determinação e resiliência. Guiada pelo coração, Isa não hesita em expressar suas emoções e defender suas opiniões com firmeza. Mora com os pais, donos de uma pequena livraria, e co...
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— O que é que correu mal? Quem desligou os fios desta vez? -diz o Lucas ao nos ver a entrar com uma cara má.
— Dispensamos as gracinhas, está bem? -diz o Ed.
— Aligeira aí, ó Lucas, que o dia não foi nada humorístico. -diz o Jota e eu sento ao lado do Ed suspirando pesado.
— Qual foi a crise? Algum problema como o concerto? -diz o Lucas.
— Não. A malta portou-se bem. -diz o Sérgio.
— O concerto foi um sucesso. -diz o Ed.
— Não mandámos nem um prego. -diz o Jota.
— No fim é que foi uma treta. O dono não nos quis pagar. -diz o Link.
— Não quis, mas pagou. Certo? -diz o Lucas.
— Não. Não quis e não pagou. Nem um cêntimo. -diz o Link.
— Fomos enganados, meu. -diz o Jota e eu suspiro encostando a cabeça ao sofá.
— Isto resolve-se! -diz o Lucas. — Vamos lá amanhã, eu vou convosco. Vamos mostrar a esse gajo como se resolve estes assuntos de dívidas... Como delicadeza.
— Tu não estás a perceber. Ele não é manfio, é um esperto. -diz o Sérgio. — Ele diz que o que ficou combinado connosco é que fazíamos aquele concerto à experiência e só depois, se lá voltássemos, é que nos pagava.
— Não é manfio, é vigarista. -digo bufando.
— Mas não foi o combinado. -diz o Link.
— Pois. Só que agora, não temos nenhum papel para provar, ele faz o que quer. E ele não quer pagar o dinheiro. -diz o Sérgio.
— Pois, não dá nem para falar com a polícia! -digo indignada.
— É tão injusto. Ainda por cima, demos um grande gig. -diz o Jota chateado e eu deito a cabeça no ombro do meu cunhado, Ed, que me dá um beijo na testa.
— O concerto foi espetacular. A casa estava cheia. A malta adorou-nos. -diz o Ed.
— Pode ser que agora procurem sobre vocês, nada está perdido! -digo eu.
— Tudo a consumir... Fartaram-se de fazer dinheiro à nossa pala. -diz o Link.
— Também já se sabe como é que é. -diz o Sérgio. — Para entrar no circuito de bares e fazer nome... Pá! Sei lá... Tem de se fazer sacrifícios.
— Sacrifícios?! -diz o Link alto e eu tapo o ouvido. — Mas aqui ninguém se está a baldar ao esforço. O problema é que ele prometeu pagar-nos e não pagou.
— Enfim e agora? -digo suspirando olhando os rapazes que pareciam como eu sem saber o que fazer.
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𝗙𝗨𝗜 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗢 𝗕𝗔𝗥 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗖𝗢𝗠𝗘𝗥 𝗣𝗢𝗥𝗘́𝗠 vi a fila gigante que estava, não posso culpar porque estavam com mesmo uma pessoa no bar, porém nem todos pensavam assim e estavam a reclamar da demora. Vejo o Vitor a entrar e sorri animada o Vitor era sempre simpático com todos e muito competente. Ele fazia falta ali.
Vejo o jornal do entrelinhas e pego começando a ler calmamente, sorri ao ler a noticia sobre a professora Maria José e vi o recado do André para a Sofia, isto ia ser bonito se ela visse, ia dar uma discussão e tanto. Vejo o André sentado na cantina e fico a olhar em volta à espera da Sofia aparecer. Vejo finalmente ela aparecer com a Filipa enquanto lia o jornal, vi-os a olhar-se e esperava acontecer alguma coisa.
Pouco depois entro na sala sentando numa das mesas sendo acompanhada pelo Duarte, pouso a mala na mesa e faço de almofada ouvindo um riso do Duarte.
— Que nojo. Que cena é esta? -ouço o Gonçalo a dizer. — Quem é que foi o engraçadinho que publicou essa porcaria? -olho o Gonçalo na frente da Becas e Nat.
— Não sabes ler? Está assinado. -diz a Nat.
— Foram vocês as três. -diz o Gonçalo depois de ler me olhando depois.
— Não pedir desculpas por falar a verdade. -encolho os ombros.
— Qual é a crise? Publicámos alguma mentira? -diz a Becas.
— Lá porque aconteceu, vocês não tinham de publicar isso. -diz o Gonçalo.
— Segundo quem? -digo eu rindo sarcástica.
— Chama-se a isso jornalismo com critério editorial. -diz a Nat.
— Andas muito espertinha, Natacha! -diz o Gonçalo e levanto-me ficando à frente dele.
— Fala comigo, não com ela. -digo firme o fazendo me olhar. — Doí-te ser envergonhado como fazes às raparigas?
— Não! Porque vocês andam a publicar essas tretas. -diz o Gonçalo.
— O que tu fizeste é notícia... E nós publicámos! -diz a Becas. — Se quiseres, podes usar o teu direito de resposta!
— Claro que sim. Eu vou defender a minha imagem. -diz o Gonçalo. — E vocês não têm o direito de fazer isto, tinham de me consultar.
— Então vai chorar para a mamã e para o papá. -digo sem paciência.
— Porquê? Liberdade de expressão! Já ouviste falar? -diz a Becas.
— Autorização para usar a imagem de terceiros, diz-te alguma coisa? -diz o Gonçalo. — Eu não dei autorização para publicarem essa fotografia.
— Processa então. -digo encolhendo os ombros pouco importada.
— Ah! Então? E agora vais fazer o quê? Processar-nos? -diz a Becas.