Morte e Vida

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Akari caminhava lentamente pela trilha que a levava de volta para casa, apreciando o silêncio e a calma do início da noite. Desde que seu pai partira para a missão, a casa parecia vazia e silenciosa. Ela aproveitava esses momentos sozinha para refletir sobre tudo que estava acontecendo em sua vida. Enquanto seus pensamentos vagavam, ela se deparou com um grupo de garotas Uchiha, lideradas por uma jovem de aparência altiva e expressão desdenhosa. Akari reconheceu a líder como Rika, uma conhecida que Miyu já havia falado que não era nada agradável.

— Olha só quem está aqui! — exclamou Rika, cruzando os braços e observando Akari com um olhar avaliador. — Akari, a agregada.

As amigas de Rika riram, e Akari sentiu uma onda de desconforto passar por ela. Manteve a cabeça erguida, determinada a não deixar que a provocassem, mas elas a encurralaram por todos os lados.

— O que você quer? — perguntou Akari, tentando manter a voz calma e controlada.

Rika deu um passo à frente, seu sorriso se tornando mais cruel.

— Só queria saber como está sendo namorar o Madara. — disse ela, o tom de voz carregado de ironia. — Ele deve ser bem intenso, não é? Só não entendo como ele pode ir procurar uma adotada, se o clã tem tantas mulheres lindas...

As amigas de Rika riram novamente, e Akari sentiu a raiva começar a borbulhar dentro dela.

— Nosso relacionamento é pessoal e não é da sua conta. — respondeu Akari firmemente, tentando conter a irritação e sair.

— Oh, não precisa ficar na defensiva. — continuou Rika, dando de ombros. — Só estou curiosa. Afinal, não é todo dia que uma mulher como você chama atenção do líder do clã.

— Uma mulher como eu? O que quer dizer?

Rika deu um sorriso venenoso, os olhos brilhando de malícia.

— Ah, você não sabe? — disse ela, fingindo surpresa. — O boato que corre é que sua mãe era uma prostituta e te jogou no campo de batalha para morrer. Você teve muita sorte, Akari, pois era para nunca ter nascido.

Aquelas palavras eram como punhaladas em seu coração, trazendo à tona todas as inseguranças e dores que ela tentava enterrar. Ela tentou formar palavras, mas sentia os seus olhos arderem.

— Me deixem em paz. — pediu Akari, tentando manter a voz firme, embora sentisse um nó na garganta.

Rika deu um passo à frente, encurralando Akari ainda mais.

— Ah, eu sei o suficiente. — disse Rika, com um olhar desdenhoso. — E todos sabemos que você nunca vai ser uma verdadeira Uchiha. Madara deve estar apenas se divertindo com você. É só uma questão de tempo até ele perceber o erro que está cometendo...

— E eu sou tão Uchiha quanto qualquer uma de vocês. — cuspiu.

Rika riu, um som cruel que ecoou pela trilha e ela empurrou Akari, que caiu no chão.

— Prove, então.— pediu Rika, antes de dar o primeiro chute no estômago de Akari.

Akari tentou se defender, levantar os braços para proteger o rosto, mas os golpes vieram de todas as direções. Chutes, socos e tapas atingiram seu corpo, fazendo-a gemer de dor. Cada golpe parecia arrancar um pedaço de sua dignidade, e ela sentia a humilhação se misturar com a dor física. Ela tentava revidar, mas não era uma luta justa.

— Você é uma fraca. — sussurrou uma das amigas de Rika, enquanto a empurrava contra o chão com força.

Akari tentou rastejar para longe, mas uma mão agarrou seus cabelos, a puxando de volta.

Arte da Trégua  • tobirama senjuOnde histórias criam vida. Descubra agora