Capítulo 49:Se afundando ainda mais.

336 28 48
                                    

O dia estava passando mais rápido do que Allysa gostaria,parecia que só por que ela não queria que a aula acabasse para ter que ir pra detenção e enfrentar Andrey depois da aula o tempo parecia passar mais rápido do que nos dias normais,desde o momento em que ela abriu os olhos e veio as lembranças do dia anterior ela sabia que hoje não seria um dia fácil,ela estava sentindo seu estômago embrulhar a cada minuto que ficava mais próximo de tocar para o final das aulas.

Como Andrey prometeu acompanhá-la até a sala de detenção,e ela tinha certeza que ele não descompriria com aquela promessa,a menina sabia que não tinha como escapar,as últimas aulas passaram voando ainda mais por que ela estava o dia todo com a cabeça nas nuvens,ela nem comeu nada no intervalo pois estava sem fome.

Quando o sinal tocou indicando o fim da última aula, Allysa se despediu dos amigos que desejaram boa sorte a ela, e rapidamente a sala se esvaziou, em passos de formigas ela guardou as suas coisas e se levantou saindo da sala,sua vontade era de fugir e correr para um lugar que ninguém fosse a encontrar, mas assim que a menina pisou o pé fora da sala viu que Andrey estava olhando para o relógio de braços cruzados.

Assim que ele viu a menina não falou nada apenas descruzou o braço e foi até ela,ele acenou com a cabeça que era pra ela ir pois ele havia tido um dia extremamente estressante e estava morrendo de dor de cabeça, ela só queria ir pra casa descansar,mas iria ficar mais uma hora ali graças a menina.

Allysa imediatamente entendeu o recado revirou os olhos que não passou despercebido por Andrey que resolveu não falar nada e os dois caminharam em completo silêncio, a detenção ficava em um dos corredores mais afastados e que a menos que os alunos fossem pra detenção não tinham permissão para estarem ali.

-Eu não quero ir!

Allysa falou de uma maneira um pouco dramática enquanto parava e batia um dos pés no chão,Andrey também parou e olhou para a menina a examinando de cima abaixo por alguns momentos,ele não queria que a menina iniciasse uma birra e não estava com paciência pra ceder aos caprichos dela, ele então falou de uma maneira firme deixando bem claro que não estava em discussão.

-Que pena, por que você vai!

-Eu já falei que eu não quero! Você não manda em mim e não pode me obrigar!

A menina falou de uma maneira birrenta enquanto cruzava os braços e praticamente travava os pés no chão como se aquilo fosse o suficiente para que ela se livrasse,Andrey soltou um suspiro cansado e olhou para a menina, normalmente ele era uma pessoa calma e paciente,mas hoje ele nao estava com paciência pro drama dela.

Ele olhou em volta para saber se não vinha ninguém ou se tinha alguém olhando pois não queria constranger a menina, e quando ele viu que os dois estavam à sós, ele falou de uma maneira firme enquanto pegava a menina pela orelha e arrastava para mais perto dele.

-Allysa sem drama por que minha paciência não está boa, esse joguinho pra cima de mim não,você vai pra detenção e vai se comportar por que você já está com problemas o suficiente, então a menos que você tenha se esquecido com quem está falando e queria adiantar a nossa conversa e melhor você me obedecer, estamos entendidos?

-Aiiii!...eu entendi...solta.

A menina falou choramingando enquanto segurava a mão de Andrey e levantava um pouco os pés como se aquilo fosse aliviar a dor pois ele estava puxando,ela se perguntava se ele estava querendo arrancá-la, vendo que a menina havia entendido o recado Andrey soltou a orelha dela.

Alysa agora estava com os olhos lacrimejando pois realmente estava ardendo, ele nunca havia puxado a orelha dela daquele jeito antes, e Andrey percebeu que havia ficado bem vermelho e ele ficou com medo de ter machucado, mas não falou nada, já Allysa então falou indignada enquanto se afastava para ficar a uma distância segura dele.

-Por que você fez isso ?!

Andrey teve vontade de revirar os olhos para o tom extremamente infantil que a menina estava usando,mas ele sabia que Allysa era oito a oitenta e pra ela tinha que deixar as coisas bem claras,ele então falou de uma maneira séria.

-Esse foi pra você se lembrar com quem você está falando e não pensar em me desobedecer igual você fez ontem,você vai pra detenção e isso não está em discussão.

Allysa deixou uma lágrima escorrer pelo rosto, não era apenas pela dor ainda bem forte em sua orelha, mas também por que ela estava se sentindo frustrada,ela já havia até se esquecido o qu era ter um pedido negado, isso a deixava triste e com raiva, Andrey então falou de uma maneira calma enquanto estendia a mão para limpar a lágrima dela.

-Sem chorinho, isso é manha, eu pensei que você já tivesse passado dessa fase e que estava começando a aprender com as consequências dos seus atos,mas pelo visto eu estava enganado...eu vou te esperar no meu escritório.

A menina soltou um suspiro frustrado e até mesmo irritado, e sem nenhum aviso prévio ela disparou na frente de Andrey e entrou na detenção sem ao menos olhar pra trás, Andrey soltou um suspiro cansado e vendo que a menina estava entregue voltou para a sua sala.

Ainda com a orelha latejando Allysa entrou na sala de detenção e bateu a porta com tudo assustando alguns alunos que estavam ali, inclusive Jayne que era o motivo daquela detenção, ela acabou acordando a velha chata que sempre ficava com os alunos na detenção e se tinha alguém insuportável era ela, a mulher então falou olhando para Allysa pois já conhecia muito bem a figura.

-Educadinha como sempre senhorita Leclark.

-Você sentiu minha falta sua velha rabugenta,eu não senti nenhum pouco a sua.

Allysa falou de uma maneira rude enquanto caminhava até o fundo da sala, a menina se sentou em uma das cadeiras perto da parede e abriu a sua mochila e pegou o caderno e começou a rabiscar qualquer coisa para passar o tempo, ela olhava para o relógio na parede e o tempo parecia passar devagar.

Depois do que pareceram horas ela tinha passado apenas alguns minutos, ela estava começando a ficar entediada e Allysa fazia juízo ao ditado mente vazia era oficina do diabo, até então nenhuma das meninas havia tido contato visual, Jayne não gostava de Allysa e não queria se meter em mais problemas então resolveu ignorá-la pelo resto da sua vida acadêmica.

Já allysa parecia que resolveu virar um furacão e abalar todas as estruturas por onde ela passava,a menina estava entediada e sem nada pra fazer então olhou para o lado e falou soltando um comentário maldoso, sem ao menos se importar se Jayne queria ou não socializar com ela.

-Olha só o que temos aqui, as suas amigas ainda não voltaram da Europa né? Que foi? Por que você não vai soltar o seu veneno de cobra peçonhenta hoje?

Jayne revirou os olhos e continuou fazendo aquele artigo idiota, aquele era um lembrete pra ela não se meter com Allysa por que ela estava tendo que fazer aquilo na detenção por culpa dela, a mulher até então estava calada apenas observando os poucos alunos que tinha ali cumprindo a detenção falou de uma maneira séria olhando para Allysa pois o comentário dela não passou despercebido.

-Ally se você não ficar quieta e começou a copiar o que foi mandado eu vou chamar o diretor pra lidar com você.

Allysa cruzou os braços e fez uma cara feia olhando para a mulher, aquela mulherzinha não era nada e nem ninguém para ficar lhe dando ordens, quer saber ela não era obrigada a ficar ali tendo que aguentar aquilo, ela guardou as suas coisas de uma maneira brusca e falou enquanto se levantava e colocava a mochila nas costas caminhando pra fora da sala.

-Tanto faz sua faxineira, pode chamar o diretor, o papa, o presidente ou até o exército de você quiser, eu não sou obrigada a ficar aqui te aturando.

A mulher apenas balançou com a cabeça e abriu o seu computador digitando um e-mail com tudo que havia acontecido para o diretor, ela sabia que tentar falar alguma coisa para Allysa era inútil pois ela não escutava ninguém...

Pai por acaso.Onde histórias criam vida. Descubra agora