Capítulo 11: Rumo ao Destino

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Paulo saiu da base do governo com um misto de alívio e frustração. A hostilidade dos agentes e a dificuldade de negociar sua saída haviam sido extenuantes, mas ele estava decidido a continuar sua jornada para encontrar Estefani. Enquanto caminhava pelas ruas desertas e devastadas, começou a sentir que alguém o estava seguindo.

A cada esquina e cada curva, Paulo olhava por cima do ombro, tentando identificar o possível perseguidor. Seu coração batia mais rápido com a crescente sensação de que estava sendo vigiado. Após alguns dias de vigilância e precaução, Paulo finalmente decidiu enfrentar o que acreditava ser um observador.

Ao virar uma esquina e se esconder atrás de um prédio em ruínas, Paulo esperou em silêncio. Ouviu passos cautelosos se aproximando e viu uma figura emergir das sombras. Era um homem que ele reconheceu da base, um agente que parecia estar seguindo-o de longe. Paulo avançou com cautela e confrontou o homem.

— Quem é você e o que está fazendo aqui? — Paulo exigiu saber, mantendo uma postura defensiva.

O agente levantou as mãos em sinal de rendição e se apresentou.

— Meu nome é Pedro. Não estou aqui para te prejudicar. Ouvi a conversa na base e sei que você está procurando Estefani. Eu quero ajudar.

Paulo ainda estava desconfiado, mas Pedro explicou sua situação com sinceridade. Ele revelou que, após ouvir sobre a missão de Paulo, ficou interessado, pois também tinha alguém que amava no Japão — uma agente infiltrada chamada Alinne. Pedro viu na jornada de Paulo uma oportunidade de encontrar Alinne e decidiu seguir Paulo para ajudar.

— Eu tenho habilidades que podem ser úteis para você — disse Pedro. — E eu também estou tentando encontrar minha amada. Se me permitir, posso ser um aliado valioso.

Paulo, percebendo que Pedro poderia ser uma ajuda importante, decidiu aceitar sua oferta. Embora ainda cauteloso, Paulo compreendeu que o conhecimento e as habilidades de Pedro poderiam facilitar sua jornada.

Parte 2: Uma Nova Aliança

Pedro e Paulo continuaram juntos, com Pedro utilizando suas habilidades para ajudar a navegar por áreas perigosas e evitar ameaças. Durante suas viagens, Pedro mostrou-se um aliado competente, e a parceria começou a se solidificar.

Certa noite, enquanto estavam em um abrigo improvisado, Pedro sugeriu que eles ficassem atentos ao transmissor de rádio que ele carregava. Ele explicou que, apesar de ser raro, ocasionalmente conseguia captar sinais de Alinne através do rádio.

— Vamos deixar o rádio ligado — disse Pedro. — Pode haver uma mensagem a qualquer momento.

Paulo aceitou a sugestão, e os dois passaram a noite em silêncio, ouvindo o som intermitente do rádio misturado com o vento cortante lá fora. Pedro manteve uma vigilância constante, enquanto Paulo tentava descansar.

No meio da noite, um som agudo e familiar despertou Paulo. Ele se levantou rapidamente e viu Pedro ajustando o rádio, que estava chiando. Uma mensagem estava se formando, e ambos se aproximaram ansiosos.

A mensagem começou a surgir através do ruído estático, e Pedro fez ajustes finais. De repente, uma palavra clara surgiu: "Lua".

Paulo congelou, seu coração acelerando. A palavra "Lua" era um sinal significativo, uma referência à promessa que ele e Estefani haviam feito. Ele sabia que a mensagem era de Estefani, que estava tentando se comunicar com ele.

— É ela! — exclamou Paulo, com a voz embargada. — É a Estefani.

Pedro sorriu, compreendendo a importância do momento. A mensagem trouxe uma nova onda de esperança e motivação para Paulo. Com a certeza de que Estefani estava viva e tentando entrar em contato, a determinação de Paulo em chegar ao Polo Sul se intensificou.

Os dois prepararam-se para continuar sua jornada, agora com uma nova fonte de motivação e esperança, prontos para enfrentar os desafios que ainda estavam por vir.

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