Capítulo 15: O Resgate Improvável

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Após caminharem por horas sob o frio cortante, Paulo e Pedro finalmente avistam a base onde Erik e João Carlos estão presos. A estrutura é imponente, cercada por muros altos e vigilância constante. As luzes fortes iluminam a noite escura, destacando ainda mais o desafio que eles enfrentariam. Pedro, conhecendo bem as instalações, tenta tranquilizar Paulo, mas seu tom é sério.

— Não vai ser fácil entrar lá. Mas acho que com um bom plano, podemos conseguir. — diz Pedro, com a voz baixa e firme.

Pedro começa a delinear sua ideia: ele se aproximaria da portaria de forma amigável e, conhecendo os guardas e suas rotinas, esperaria o momento certo para rendê-los quando estivessem distraídos. Paulo concorda com o plano, mesmo que sinta um nervosismo crescente no peito.

— Fique aqui escondido. Eu vou até lá e, assim que der o sinal, você vem. — instrui Pedro.

Paulo se abaixa atrás de uma mata densa e observa Pedro se aproximar da portaria, com um andar confiante. Tudo parece tranquilo até que uma voz sussurra atrás dele:

— Você não está pensando em entrar lá de novo, né?

Paulo, assustado, se vira rapidamente e vê Erik, com um sorriso brincalhão no rosto. Surpreso e aliviado, Paulo abraça o amigo com força.

— Erik! Como você conseguiu sair daqui? — pergunta Paulo, ainda incrédulo.

— Ah, você sabe, dei um jeito. Hackeei alguns portões, explodi umas portas... Mas tive a ajuda desse rabugento aqui. — Erik revela, apontando para João Carlos, que surge de trás de uma árvore.

Paulo mal acredita no que vê. Ele e João Carlos se abraçam, emocionados. É um reencontro inesperado e cheio de sentimentos, depois de tantas incertezas e perigos. João Carlos, sempre discreto, dá um tapinha nas costas de Paulo, como se quisesse dizer que estava tudo bem.

No entanto, o momento de alegria é abruptamente interrompido quando Pedro surge das moitas, voltando do seu posto de observação. Ao vê-lo, Erik, sempre impulsivo, grita:

— Ele está sozinho! Vamos pegar ele antes que chame reforços!

Antes que Paulo possa explicar, Erik se joga em direção a Pedro, que, com um movimento rápido e preciso, o derruba no chão sem muito esforço. Erik se debate, mas Pedro o mantém sob controle. Paulo rapidamente intervém:

— Espera, Erik! Pedro está comigo!

João Carlos também se aproxima e confirma:

— É verdade. Eu me lembro dele. Pedro sempre tentou nos ajudar lá dentro.

Erik, ainda desconfiado, se levanta e se afasta de Pedro, mas um sorriso maroto aparece em seu rosto.

— Ok, mas eu estava prestes a matar ele, só pra deixar claro. — Erik sussurra para Paulo, fingindo um tom sério.

Paulo dá uma risada leve, balançando a cabeça.

— Erik, você sabe que, se Pedro quisesse, ele teria te derrubado com um golpe só, né?

Erik faz uma careta, reconhecendo a verdade no comentário de Paulo, mas sem perder o bom humor.

Os quatro seguem juntos em direção a um esconderijo seguro, onde podem discutir o próximo passo. A noite escura é quebrada apenas pelas estrelas no céu e pela luz fraca de uma lua crescente, lembrando a todos que, apesar das dificuldades, ainda há esperança. Eles agora têm um ao outro e, juntos, estão prontos para enfrentar o que vier pela frente.

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