A APOSTA: Enemy Lover // GUMILA

cap 18: Varias maneiras de piorar uma noite desagradável...

Narrador on :
Guto finalmente encontrou Mila, que estava sozinha em um canto mais tranquilo da festa, olhando para o vazio. Ele podia ver que ela estava tentando se recompor, mas os vestígios da discussão com Hans ainda estavam evidentes em seu rosto. Ele se aproximou lentamente, sem querer assustá-la.

Guto: Mila...que dizer Dona Mila - ele chamou suavemente, tentando não parecer intrusivo - Está tudo bem?"

Mila levantou os olhos para ele, e por um momento, pareceu aliviada ao ver Guto. Mas esse alívio foi rapidamente substituído por uma expressão dura, quase defensiva.

Mila: O que você quer, Guto? - Sua voz soou fria, distante, bem diferente do tom quase gentil que ele estava acostumado.

Guto não se deixou abalar pelo tom dela. Ele sabia que Mila estava passando por um momento difícil e, mesmo que ela estivesse sendo dura com ele, isso não o afastaria.
Guto: Eu só queria saber se a senhora está bem... - ele respondeu com calma.

Mila suspirou, visivelmente irritada.

Mila: Não está vendo que estou ocupada? Não preciso de ninguém me perguntando se estou bem. Eu sei me cuidar sozinha, Guto.

Ela estava claramente tentando afastá-lo, talvez para proteger a si mesma ou evitar que ele se envolvesse em seus problemas. Mas Guto enxergava além daquela fachada. Ele sabia que Mila não estava sendo verdadeira consigo mesma e que, por trás daquela dureza, ela estava ferida.

Guto: Eu sei que cê pode se cuidar sozinha, Dona Mila - Guto disse suavemente, aproximando-se um pouco mais - Mas não precisa fazer isso sozinha. Eu estou aqui, se cê quiser falar, ou se precisar de alguém ao seu lado...

Mila, sentindo-se pressionada pela gentileza dele, deu um passo para trás, tentando manter a distância.

Mila: Não quero falar sobre isso agora! Não preciso da sua piedade estagiário!

 Em vez de responder, ele deu mais um passo à frente e, sem dizer nada, envolveu Mila em um abraço firme e reconfortante.    Por um instante, Mila ficou tensa nos braços dele, como se quisesse resistir. 

Mas Guto não a soltou. Ele apenas segurou-a com firmeza, oferecendo conforto sem exigir nada em troca. Aos poucos, ela começou a relaxar, e toda a resistência que ela tentava manter se dissolveu. O que era uma fachada de força agora desmoronava, e Mila finalmente deixou escapar um suspiro trêmulo, encostando a cabeça no ombro dele.

Ela não disse nada, mas Guto sentiu quando os ombros dela finalmente cederam, como se toda a tensão estivesse se esvaindo. Ele continuou a segurá-la, sem dizer uma palavra, apenas estando presente para ela. Mila, que estava acostumada a se manter forte e independente, encontrou naquele abraço um lugar seguro para baixar a guarda, mesmo que por alguns instantes.

Após alguns momentos em silêncio, Mila sussurrou, quase como se estivesse falando consigo mesma...

Mila: Desculpa, Guto... Eu só estou... com muita coisa na cabeça.

Guto balançou a cabeça levemente, ainda segurando-a.

Guto: Não precisa se desculpar, todo mundo passa por momentos difíceis. E eu estou aqui...

Mila, finalmente cedendo ao cansaço emocional, se permitiu relaxar completamente nos braços de Guto.

Foi então que Guto, percebendo a proximidade, sentiu seu coração acelerar. A respiração de Mila batia suave contra seu pescoço, e ele, nervoso, começou a gaguejar ao tentar quebrar o silêncio.

Guto: Eu... eu... eu só queria que... que cê soubesse que... que pode contar comigo, Mila...- disse Guto, com a voz trêmula.

Seus olhos encontraram os dela, que agora o encaravam com uma intensidade que ele jamais havia visto.
Os rostos se aproximaram de forma quase imperceptível, o clima no ar era palpável, e o beijo parecia inevitável. Mas, antes que seus lábios se encontrassem...