𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟷𝟹 ‒ 𝙾 𝚖𝚊𝚙𝚊

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— Então é isso! — exclamou Catupi.

— Isso o quê?

— Meu pai achou uma coisa valiosa, isso deve ter a ver com a falsa morte... Mas onde fica essa ilha? Cadê o mapa com as coordenadas?

— O quê?!

— Toma, lê isso — Catupi entregou o diário de Diego para o garoto, e quando ele terminou de ler, acrescentou: 

— Então ele fingiu um suicídio pra ir até a ilha?

— Não! Já descobrimos que foi outra pessoa, não lembra das pistas? Tem alguém por trás disso tudo, alguém que contratou aqueles homens que nos perseguiram.

— Mas por que forjar suicídio?

— Eu não sei...

— O que acha que aconteceu com ele ontem?

Ela pensou por alguns segundos antes de responder.

— Acho que levaram ele pra ilha... — disse em um tom sério, como se fosse um detetive investigando um caso. — Faz sentido, não é? Se forjaram o corpo é porque ainda não mataram ele, se não mataram é porque precisam de informações. E as informações devem ser sobre essa coisa do inventor que fica nessa ilha. 

— Então alguém descobriu...

— E quando ele não for mais útil... vão matar ele — falou Catupi, os olhos ligeiramente arregalados. — Preciso saber onde meu pai tá.

— Tem um papel aqui no diário — notou o rapaz. —, mas não dá pra ler, tá codificado.

— Deixa eu ver.

O papel tinha escrito isto escrito:

As sobrancelhas de Catupi saltaram e sua boca esboçou um sorriso enigmático

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As sobrancelhas de Catupi saltaram e sua boca esboçou um sorriso enigmático. Logo em seguida se dirigiu até a sala com seu passo enérgico e um entusiasmo febril tomando conta de seu corpo, o mesmo entusiasmo de quando fazia gols.

— Você conseguiu ler aquilo?

— Sim!

— Que tipo de código é?

— Um que meu pai inventou, só nossa família sabe.

— É genial, mas por quê?

— Pra caso houver situações como essa. Vai ser útil também quando acontecer um apocalipse zumbi.

— Ah sim... claro. E o que estava escrito?

— "O mapa está na sala, acima do armador".

Acima do armador de rede tinha uma espécie de mini porta, camuflada na parede caiada. Quando Catupi a levantou, pôde ver um buraco. E dentro desse buraco havia um papel.

Era um mapa amarelado de tão velho, traçado com caneta à pena, impregnado com cheiro de mofo. Nele, a ladear da rosa dos ventos havia uma ilha, envolta pelo vasto Oceano Atlântico Sul. Ao norte da floresta da ilha, um rio serpenteava, suas curvas desenhadas com uma linha sinuosa. No nordeste, uma cadeia montanhosa erguia-se, majestosa. Ao sul, havia uma cachoeira, mas o principal era a caverna ao nordeste, destacada por um “X’ vermelho, como em um mapa de tesouro pirata. 

Intrépida: a relíquia do inventorOnde histórias criam vida. Descubra agora