28 de junho de 2022, São Miguel–CE.
A tempestade enfim havia passado, mas deixou a pequena cidade sobre um rastro de destruição e ruína.
A atmosfera gelada, os murmúrios do vento violento e o céu cinzento acrescentaram um tom ainda mais sombrio àquela cena infeliz.
A casa simples, de paredes caiadas e telhado laranja, estava sob uma névoa branca que flutuava por toda a área rural, como um fantasma silencioso, observando o cenário de desolação.
No andar de cima da humilde residência, no chão frio de cimento batido, havia um corpo inerte.
Estaria inconsciente? Pior.
O cheiro metálico de sangue se misturava com o odor de mofo e terra molhada.
Uma faca tingida de um líquido vermelho repousava ao lado do corpo, testemunha silenciosa do ato final.
O corpo sem alma jazia com o pulso esquerdo cortado e a expressão serena da morte estampada em seu rosto. Seus olhos verdes vazios como o vácuo entre corpos celestes.
A luz fraca do crepúsculo entrava pela janela, iluminando a cena macabra, destacando o contraste entre a calma do ambiente silencioso e a violência daquela tragédia.
Era o corpo de Diego Reis.
E para entender esta história, caro leitor, peço que me acompanhe nesta aventura. Para isso, teremos que voltar algumas horas antes dessa cena trágica.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Intrépida: a relíquia do inventor
AventuraHá dois anos, um ex-arqueólogo desvendou um enigma intrigante em um museu, deixado por um inventor famoso, sem suspeitar que isso desencadearia uma série de conflitos que mudariam vidas para sempre. Sua filha, Catupi Reis, uma garota intrépida de 1...