𝙽𝚘𝚝𝚊𝚜 𝚍𝚊 𝚊𝚞𝚝𝚘𝚛𝚊

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➴ O enredo desta história foi inspirado em uma brincadeira que minha professora fez com a turma na aula de educação financeira, no sexto ano. A brincadeira, semelhante a um RPG de mesa - só que sem dados e com apenas o mestre conduzindo a narrativa - envolvia escolher um personagem que, em uma viagem, encontrava um baú com projetos de Santos Dumont (também tínhamos combates com outras pessoas). Obrigada, professora Eduina.

➴ A rua "Bairro da favela" realmente existe. Foi onde fiquei durante minha viagem a São Miguel para visitar minha tia Biana e meu primo Daniel; foi nessa rua que comecei a escrever este livro.

➴ A tempestade que tem no primeiro capítulo, foi inspirada em uma tempestade real que presenciei no interior. Detalhes como a grande quantidade de água jorrando do teto e a chuva fria que vinha de um buraco da janela foram experiencias concretas.

➴ Quero agradecer a minha prima Maria E. por ter desferido um impiedoso chute no meu estômago de tirar o fôlego (literalmente) na aula de muay thai; graças a ela pude descrever melhor a sensação dos golpes no estômago desse livro.

➴ O gol de voleio da Catupi é uma referência ao gol do Richarlisson, na copa de 2022, que me fez vibrar de emoção.

➴ A luta com capangas foi inspirada em uma luta de verdade que eu tive quando homens invadiram minha ca- (não, não foi, estou brincando).

➴ No capítulo 3, Catupi chama Kyoto para escalar uma montanha, ir a um parque de diversão, andar de barco e pescar. Ele nega, mas ao decorrer do livro acaba fazendo tudo durante a aventura.

➴ A questão "se foi suicídio, por que há manchas de sangue longe do corpo?" é algo que peritos observam aparentemente, porque essa questão foi levantada em um vídeo de uma perita sobre como identificar se é suicídio ou homicídio. Agora tenho esse conhecimento, que provavelmente nunca será usado, a menos que um conhecido meu tenha um suicídio forjado onde seu corpo é substituído por um boneco, mas acho pouco provável.

➴ De início, o nome do capítulo "rastros de sangue" seria outro, um menos chamativo e impactante. Até que ouvi minha tia falar sobre uma narrativa de terror que escreveu quando moça com esse título. Achei o nome interessante e adequado para o capitulo.

➴ O inventor foi inspirado em Santos Dumont. A data da carta, 21 de julho de 1932, é 2 dias depois do suícidio de Santos Dummont, assim como Sidnei Dupont, embora não mencionado.

➴ A aparência de Bruna Medeiros foi inspirada em uma garota que conheci em uma feira de profissões na minha escola. Ela era uma universitária, estudante de história, que me encantou com seu ar jovial e descolado. Com seu cabelo lilás prateado e suas calças de cintura baixa, ela parecia ter saído de uma banda dos anos 2000. Achei ela simplesmente mágica, e o jeito como ela se movia era como se flutuasse - ou talvez era como se eu estivesse flutuando, não sei ao certo.

➴ No alfabeto inventado por Diego, a letra "C" - incial de Celina - é um sol, e a letra "D" - inicial de Diegol - é uma lua.

➴ As histórias apocalípticas de Catupi e Calebe - como pôr fogo na máquina de lavar, cutucar Marcos com alfinete em baixo da rede, empurrar a vó da arvore e lutas clandestinas atrás da igreja - foram inspiradas em situações reais do meu primo na infância (sim, ele era uma criança encapetada).

➴ Sobre contar histórias para os priminhos, como a do menino chorão (essa de minha autoria) e a do zé do pescoção, são inspirados em minhas memórias de infância (sim, eu era a prima mais velha meio pau no cu).

➴ Eu já ouvi "você tem olhos embriagados" uma vez (de um oftalmologista, alias). Talvez tenha sido uma ofensa, mas eu achei poético.

➴ O horário em que Kyoto vê Catupi pela primeira vez - e também o horário que ele vê no relógio - é "5 e 55". Segundo o que pesquisei sobre o número 555, posso destacar que ele representa aventura e recomeços, que é uma mensagem dos anjos sobre mudanças e transformações, um sinal do universo para que você aceite a jornada. E por mais que os leitores céticos hão de abanar suas cabeças negativamente ao ler isso, eu adoro esse significado, e penso que há total relação com Kyoto e Catupi, como se ela fosse um sinal divino, uma invenção dos melhores desejos do garoto.

➴ Ainda sobre numerologia, também posso comentar que, a dupla de vizinhos se conheceu no dia "28", e mais uma vez pesquisei e achei isso: "O número 28 é uma mistura de qualidades de dois números: 2 e 8. O 2 carrega atributos de harmonia, capacidade de ajudar os outros, sensibilidade e colaboração. Por outro lado, o 8 vibra a prosperidade das energias, a sabedoria interior, o conhecimento e a estabilidade". E aliás, o número da casa do Kyoto é "2", e o número da camisa da Catupi é "8".

➴ No capítulo "a recordação da galinha no trem" haveria uma cena de quando Catupi e Kyoto descobriram que são vizinhos. A cena se passa numa noite de inverno, na véspera de ano novo; Kyo liga para Biana (amiga de sua mãe) perguntando se ela tem um aquecedor para emprestar, pois o seu havia quebrado, estava frio e ele estava em casa só com sua irmã bebê. Catupi escuta a ligação e diz que pode ir lá tentar concertar (ela sabe concertar ventilador, não deve ser muito diferente, ela pensou). E quando chega na casa, vê Kyoto, que viria a se tornar seu parceiro de aventuras. E a cena se desfaz com eles tomando chá e cookies feitos pelo garoto.

➴ Escolhi a planta "hibisco rosa" para fazer parte do visual de Anahi porque ela está relacionada com a feminilidade. Tanto é que a planta tem relação com as deusas Afrodite e Vênus.

➴ A princípio, Kyoto seria atingido pela pistola do Safra (e cheguei a escrever a cena). Por isso Catupi bola aquele plano, porque Kyoto não poderia correr, nem andar, apenas se arrastar.

➴ "A garota correu na direção dele, deu um pulo sublime e, ainda no ar, girou seu corpo, e caiu sobre ele." por mais fantasioso que parece, esse golpe existe de verdade, um golpe usado pela lutadora profissional Mizuki wrestler. Se não me engando o nome do golpe é "whirling candy".

➴ A cena do carrinho de mina é inspirada em um cinema 6D que fui quando criança chamado "viagem ao centro da terra", cujo as cadeiras se mexiam de acordo com a vagoneta e o vento soprava em minha face.

➴"A cobra, com sua pele escura adornada com detalhes brancos e olhos azulados penetrantes..." isso eu acredito que é obvio, mas quero registrar aqui que a cobra é uma "referência" a Sibele Lecomte.

➴"...e é bom estar ao seu lado, é como andar de moto de madrugada sem capacete ou escutar 'Fearless' da Taylor Swift pela primeira vez." Ok, agora vejam a letra dessa música, não vou comentar mais nada.

➴ Quando Denis Safra está numa "posição de vilão", chamo ele de Safra, quando ele está numa "posição de vítima"- como no flashback de 1997 - o chamo de Denis

➴ A cor do envelope é verde, porque é a cor da vida. E bem... "a morte em troca da vida"

➴ Assim como Catupi e Kyoto, visitei o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, lugar que decerto está no pódio dos meus lugares preferidos, ocupando o primeiro lugar. Sempre que posso, vago entre os tesouros da biblioteca, viajo pelas estrelas no planetário e mergulho nas tradições do Museu da Cultura Cearense.

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Caro leitor, que esteve comigo ao longo desta jornada, com toda a minha alma, agradeço por dedicar seu tempo a esta humilde história. Escrevê-la foi um mosaico de emoções venturosas, embora envolta em véus espessos de pesquisas e estudos.

Minha esperança é que tenha encontrado tanta diversão em lê-la quanto eu tive ao escrevê-la, que cada página tenha sido um portal para a imersão profunda neste novo mundo.

Obrigada por fazer parte desta experiência literária.

Intrépida: a relíquia do inventorOnde histórias criam vida. Descubra agora