Capítulo 35

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A dor era excruciante. Queimava meu peito por dentro comprimindo meu coração e me impedindo de respirar.

- LIONEL! - gritei encarando seus olhos abertos e paralisados.

Havia sangue por todo lado, mas eu não conseguia acreditar no que estava vendo. Era mentira, tinha que ser mentira. Encarei a parede acima do corpo dele e vi a frase escrita com seu sangue.

"Eu não esqueci você. Avisei que iria me vingar!"

- Não! Lionel. - tremendo estiquei minha mão e tentei tocar seu pêlo.

As mãos de Alfonso seguraram meu braço e me puxaram, me obrigando a ficar de pé.

- Não! - gritei tentando me soltar dele.

- Vem! - ele ordenou com a voz rouca enquanto me segurava.

- Faz alguma coisa, por favor. Isso é um pesadelo, me faz acordar. - supliquei agarrando sua camisa.

- Não tem nada que possamos fazer meu amor. - ele respondeu com dificuldade.

- NÃO! - gritei socando seu peito e tentei me soltar.

Alfonso me agarrou com força ignorando o celular e a dor queimou ainda mais forte dentro de mim me consumindo. Eu estava presa dentro de um pesadelo.



Segurei Anahí com ainda mais força quando ela desmaiou nos meus braços. Ainda horrorizado com a cena na minha cozinha ignorei as chamadas no celular e a peguei no colo. Deitei Anahí no sofá e passei a mão pelos cabelos sem saber por onde começar. Meu celular voltou a tocar e mesmo furioso atendi.

- O que é porra?

- Desculpe senhor, estou ligando para avisar que Miguel e Noah estão no hospital. Eles estavam tomando conta do prédio e foram atacados senhor.

- Merda! Como eles estão? - esbravejei e encarei Anahí ainda inconsciente.

- Estão bem senhor, mas foram feridos por um invasor, o senhor não pode voltar ao seu apartamento, eles disseram que...

- Tarde demais. Já estou aqui! - respondi seco. - Me passe o endereço do hospital. - ordenei. - Ok, estarei lá assim que possível, preciso de reforços no meu apartamento imediatamente.

- Sim senhor! - ele respondeu e desligou.

Liguei imediatamente para Maite.

- Desculpe ligar assim, mas preciso que venha ao meu apartamento agora.

- O que aconteceu? - ela sôo preocupada.

- Venha pra cá Maite é urgente. - respondi e desliguei.



Acordei sentindo minha cabeça pesar, assim que abri os olhos me lembrei de tudo.

- Lionel! - me sentei sentindo o nó se formar na minha garganta.

- Meu amor... - Alfonso se ajoelhou na minha frente.

- Por favor! - supliquei sentindo meu coração se apertar.

- Eu sinto muito! - ele apertou minhas mãos.

- NÃO! - gritei e o abracei com força. - Foi ele, aquele desgraçado do Felipe. - agarrei a camisa dele.

- Eu juro que vou caçá-lo e vou matá-lo quando o encontrar. - ele jurou cheio de ódio.

A campainha tocou nesse momento e Alfonso se afastou de mim indo abrir a porta. Quando a abriu vários de seus seguranças entraram no apartamento, entre eles Rafael.

Irresistível - O Caso Portillo ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora