Capítulo 41

2.7K 162 86
                                    

Sábado de manhã fui visitar meu pai. Entramos e seu Sebastian me levou até a sala. Sentou na sua poltrona preferida e eu sentei no sofá.

- Quer beber alguma coisa?

- Não, eu só vim fazer uma visita rápida, na verdade queria te agradecer pela ajuda que me deu com o Miguel.

- Eu sabia que você tava desconfiado dele e você dificilmente se engana nesse quesito.

- Se não fosse pelo seu incentivo eu não teria invadido aquele apartamento e evitado uma desgraça.

- O mérito é seu, graças a Deus você pensou com frieza, reuniu sua equipe e conseguiu salvar a Anahí. Tenho que admitir que a ideia do rastreador no anel foi coisa de gênio. - sorriu.

- Obrigado! - sorri.

- De verdade Alfonso, você se superou dessa vez. - meu pai sorriu orgulhoso. - E você e a Any como está tudo?

- Ruins! - suspirei. - A gente não anda se falando.

- Mas já tem uma semana que ela voltou, como não estão se falando?

- A gente brigou porque ela voltou sem me avisar e brigamos de novo porque ela inventou que queria que eu a treinasse pai, como se ela fosse parte da equipe, não é um absurdo?

- É estranho, mas por que ela pediu pra você treiná-la?

- Pra que ela possa se defender sozinha, isso não tem cabimento pai! Eu tenho uma empresa de segurança, meu trabalho é cuidar das pessoas e mais ainda cuidar dela, ela não precisa aprender a se defender porque eu to aqui pra defendê-la. - suspirei me sentindo frustrado. - É isso que ela não entende.

- Filho ela só ta tentando te ajudar.

- Ela me ajudaria se não fizesse outra maluquice como voltar pra casa sem me avisar.

- Ela quis te fazer uma surpresa e você brigou com ela, depois ela sugere de ser treinada por você pra que você não precise se preocupar tanto com a segurança dela e você briga com ela de novo?

- Sim pai, ela fez uma idiotice voltando pra casa e de jeito nenhum eu iria treiná-la. Ela não precisa disso.

- Você falou isso pra ela?

- Falei e sabe como ela reagiu? Procurou um professor qualquer por ai pra ensiná-la defesa pessoal e Krav Maga. O pior de tudo é que só fiquei sabendo disso porque Angelique me contou já que aquela teimosa não fala comigo.

- Posso dizer uma coisa? Anahí faz bem em te dar esse gelo.

- Pai! - exclamei.

- Ela esta tentando ajudar você, seguir em frente, superar as perdas dela e você não está facilitando em nada as coisas pra ela. - meu pai respondeu me surpreendendo. - E outra Anahí é uma garota independente, se queria uma mulher que iria abaixar a cabeça pra você e seguir todas as suas ordens como sua equipe faz, devia ter escolhido outra mulher por quem se apaixonar.

- Poxa pai não precisa falar assim comigo.

- Eu posso, sou seu pai e você é igualzinho a mim. Eu também tentei ditar algumas coisas na vida da sua mãe e até na da Débora e sabe o que aconteceu? Nenhuma delas me deu ouvidos. Você e a Any se amam filho, não devem continuar sem se falar. Os dois estão sendo teimosos e orgulhosos, mas cabe a você dar o primeiro passo.

- Por que não ela?

- Ora porque o estúpido foi você. Você e sua mania excessiva de proteger todo mundo, deveria ter aceitado ajudá-la e aos poucos, se fosse a coisa certa fazê-la mudar de ideia. Não querer impor sua vontade.

Irresistível - O Caso Portillo ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora