Capitulo 02

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Eu estava convencido a não deixa-la ir embora, a acompanhá-la mesmo que fosse com ela andando na rua e eu dentro do carro. Sorri satisfeito quando ela concordou comigo e abri a porta pra ela.

Meu carro todo foi envolvido pelo aroma que emanava da pele dela e meu pau chegou a latejar de excitação, se fosse possível eu transaria com ela dentro daquele carro no meio da rua.

Controle-se Alfonso, pense com a cabeça de cima não com a de baixo, me repreendi ligando o carro.

Anahí ficou calada mexendo na barra do vestido, minhas mãos coçaram de vontade de tocá-la. Era bom eu pensar rápido e agir mais rápido ainda, se aquele silêncio continuasse iria fazer uma besteira.

- Seu chefe me contou que você é nova na cidade.

- Sim, me mudei há pouco tempo.

- Você era de Juárez né? - ela me encarou estreitando as sobrancelhas. - Seu chefe comentou, é um lugar muito bonito apesar de perigoso... Por que veio pra cá?

Eu sabia as respostas, mas não podia contar à ela que no meu escritório havia uma pasta com todas as informações dela. Idade, onde morava, trabalhava, de onde vinha, a faculdade que havia se formado, a academia que frequentava 5x na semana e outras coisas.

- Queria ganhar minha independência financeira e minha liberdade.

- Deixa eu adivinhar... Pais super protetores?!

- Mãe super protetora... Você é dono de uma empresa de seguros ou é detetive?

- Só estou tentando puxar assunto e te conhecer melhor. - dei de ombros, também estava tentando distrair meu pau, mas não diria isso à ela. - Não quero que sejamos estranhos.

- Hum... E você? Nasceu aqui no México mesmo?

- Sim, minha família é daqui, tive um bom suporte e consegui montar meu próprio negócio.

- Que bom, acho que não tem nada melhor do que ser dono da própria vida. - divagou um pouco.

- Sim! - assenti a entendendo.

Com certeza Marichello a havia super protegido depois da morte do pai, por medo que a filha sofresse algum tipo de violência do novo e pela ameaça de vingança de um dos assassinos.

Anahí me instruiu a virar uma esquina e fui perguntando o caminho à ela, não podia dar a entender que sabia onde ela morava. O silêncio se abateu sobre nós de novo.

- Eu vi que vc estava acompanhada na festa, são seus colegas de trabalho?

Não havia informação sobre eles na ficha dela, era a única coisa que eu não sabia.

- Dulce e Ucker são namorados, ela trabalha na empresa já faz tempo e coincidentemente Ucker é filho do meu padrasto... Consegui me mudar pra cá porque Ucker já mora aqui há um ano e o pai dele convenceu minha mãe a deixar. - ela me encarou e mordeu o lábio abaixando a cabeça sem seguida.

Percebi que a havia feito falar demais e ela também se deu conta disso, Anahí tinha o perfil de uma pessoa reservada e eu havia feito com que contasse coisas pessoais pra mim. Ela devia estar arrependida e eu a entendi, pois, também não falava da minha vida pros outros.

- Você disse padrasto? Seus pais são divorciados então?

- Passando o semáforo vire à esquerda, eu moro no prédio. - desconversou.

Percebi que não arrancaria mais nada dela e em segundos parei em frente ao prédio dela.

- Obrigada pela carona, foi muito gentil. - soltou o cinto e pegou os sapatos apressada.

Irresistível - O Caso Portillo ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora