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Os olhos deles que estava completos de ódio, logo se encontra com o meu, ao me ver ele bufa virando de costas.

-você está maluco caralho?- grito caindo a ficha que quase fui acertada com o vidro quebrado.

-sai daqui porra!- ele grita  se virando - quem te deu a merda da permissão para entrar?

-eu entrei por vontade própria, quero conversar com você, mas se você continuar agindo com essa infantilidade, quem vai se ferrar não vai ser eu.

Ele vem pra cima de mim e eu por dentro já tremi, mas permaneci séria sem abaixar a cabeça.

Kyan se aproxima de mim com força me prendendo na parede olhando nos meus olhos.

-tu não tem noção o quanto eu quero te matar- ele fala baixo dessa vez, perto do meu ouvido- esse teu jeito me irrita!

-se estou te irritando, significa que estou no caminho certo!- digo próxima ao seu ouvido.

Os olhos dele eram como imã ao meu, sempre se encontravam. Ele estava com muito ódio, e eu podia morrer por causa disso.

-tu não sabe do perigo que tu tá procurando- dessa vez ele fala sério cara a cara.

Ainda me prendia contra parede com força, segurando meu braço que com certeza estava vermelho.

-se você quisesse me matar, já tinha matado kyan- ele me olha com mais raiva- o seu problema é não saber conversar, eu vim aqui para conversar com você, mas como sua irmã falou, você é um imaturo!

-eu não quero conversar com tu

-mas eu quero- digo sentindo ele me prende mais forte- não é porque você perdeu seu pai que deve deixar isso toma sua mente! Estamos no mesmo jogo kyan, eu entendo sua dor.

-tu não entende, nem conhecia teu pai de verdade- ele cospe essas palavras me fazendo olhar sério para ele.

-quer me dizer que ele era uma farsa?- blefo

-essa é sua concepção?- ele pergunta.

Percebo que por mais que vou puxando o assunto ele vai se acalmando, então eu teria que ir direto ao ponto.

-você é masoquista?- ele ruga a testa- gosta de conversar prendendo o outro contra parede?- ele se irrita- não é que eu não goste, porém acho que esse não é o momento- tento fazer graça e ele me solta com força.

-eu te odeio tanto que você nem imagina- kyan diz se sentando no sofá.

Ignoro sua fala e sento do seu lado enquanto ele permanecia de cabeça baixa. Puxo sua perna fraco para poder da uma olhada no lugar onde ele levou o tiro, para ter certeza que cicatrizou.

Ele me olha sério.

-que bom que escutou ordens, cicatrizou certinho, parabéns!- digo e ele permanece calado.

-fala logo oque tu quer nathalia- ele não me olha e puxa sua perna e vai pra mais longe de mim.

Percebi que o meu ganha tempo acalmou ele um pouco, estou acostumada a lidar com infantilidade, até porque sou pedagoga.

-olha para mim- ele não olha- não quero que grite ou xinge, só quero conversar e te mostrar a realidade da ocasião. Se não gostar apenas escuta calado, até porque é a verdade.

-não quero escutar

Eu o ignoro.

-sua irmã tem 21 anos, ela não é mas nenhuma criança! Você deveria apoiar ela, até porque oque aconteceu já tem 5 anos- ele me olha serio- seu melhor amigo te magoou e eu entendo! Mas você por acaso deixou ele se explicar? Abriu espaço para ele te contar que gostava da sua irmã?- ele desvia o olhar.

Parecia até loucura, ele calado escutando.

-o ph cresceu com você, pode ter certeza que ele te considera como irmão, mas afasta ele da pessoa que ele é apaixonado e do seu único filho não se faz!- digo séria- agora pensa na sua irmã, e no Davi, você tinha que ver os olhos do Davi brilhando quando seu pai foi busca-lo na escola. Todo mundo erra kyan, oque aconteceu entre Nicole e Pedro já foi, você ama seu sobrinho, imagina se ele não tivesse existido. Eu só quero que pense na felicidade de ambos, um dia você vai se apaixonar e vai entender, não é fácil ficar longe de quem você ama, ainda mas quando seu próprio irmão proíbe.  Pensa nisso!

Ele permanece calado.

DOISOnde histórias criam vida. Descubra agora