capítulo 56 - Apenas sorria

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Nas mãos do italiano 

Capítulo 56 - Apenas sorria. 


Vicent Rossi 

Esse capítulo foi escrito no meu aniversário  dia 12 de fevereiro e significa muito para mim, boa leitura


Observei minha pequena pela brecha da porta, a mesma mulher de quinze anos atrás estava agachada sob o vestido branco dela machando com sua maquiagem que descia em grossura pelas lágrimas abundantes, ouvia atentamente tudo o que ela dizia remetendo ao nascimento de Maya e como eu sou obcecado por ela desde então, sinceramente não sei o que ela esperava conseguir contando acontecimentos passados para minha pequena mas ela conseguiu estragar nosso dia, Maya continuava imóvel enquanto a desgraçada falava cada vez mais, ela estava entrando em estado de negação frenética tocando seu estômago com força, essa mulher estava plantando dúvidas na cabeça dela. 

Só eu podia fazer isso

Só eu podia mexer com a cabeça dela 

Só eu posso criar um novo mundo para ela 

Somente eu! 

Não podia mais ver como ela destruia tudo o que eu havia construído por anos , retirei a arma que repousava em minha mão, meu coração parou por um momento analisando as circunstâncias, não faria diferença se eu matasse sua suposta mãe em sua frente no dia do seu casamento não é? Ah tanto faz, se não fizer algo sinto que vou ultrapassar meus limites e assustar ela porém não quero isso, lutei por anos para guardar e dar o melhor de mim somente a ela e deixar isso deslizar entre meus dedos como areia vai ser um estorvo, não havia outro caminho para você Maya. 

Desde que seus olhos me aprisionaram em sua inocência não pude me desfazer desse sentimento de posse, fui sua sombra durante anos de sua vida, observei seus primeiros passos, falas, primeiro dia de aulas, tudo! 

Não é agora que vão estragar tudo numa última tentativa de te acordar para a realidade.Meus dedos entrelaçaram o aro frio do gatilho carregando toda minha raiva nela , olhos trêmulos porém firmes não hesitei quando o aço atravessou o crânio dela, o eco do osso sendo quebrado foi lento ressonando por longos segundos antes do corpo cair reto no solo e o sangue se estilhaçar sobre a seda branca do vestido de noiva dela, o choque atingiu seu rosto e seu corpo paralisou ao contrário de mim que seguiu em passos longos até alcançar sua vista. 

Encarei aqueles olhos negros secos e vermelhos pela ardência, ela estava indecisa, sem saber a reação certa.

Você vai me odiar? 

Está pensando em como fugir de mim? 

Ah droga de sentimentos inseguros .

Não há nada no que se preocupar. 

Se ela fugir é só eu a caçar e colocar uma coleira em seu pescoço;

Se ela correr é só quebrar suas pernas

Não hesitarei em tomar qualquer medida drástica para te manter ao meu lado. 


—Maya. Chamei abaixando a arma cautelosamente. 

—É verdade? Questionou aflita, o nó em sua garganta estava pesado. 

—Sim.

O resto respondi no automático , escondendo ou não não havia razão para mentir, essa era minha natureza mais crua e nua, sem remorso pelas minhas escolhas, sei que poderia tê-la deixado ter uma vida normal, com pais amorosos e talvez irmãos que se importassem com ela mas sou demasiado egoísta para isso.

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