Capítulo três.

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Em cada encontro marcado pelo destino traiçoeiro, há uma dança de escolhas que nos leva a caminhos inesperados, onde o amor e a dor se entrelaçam. ~🍊

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Vidinha miserável. Eu poderia estar dormindo agora, como um bom herdeiro de um império rico, luxuoso e completamente livre de qualquer responsabilidade. Mas não, cá estou eu, num elevador que parece subir à velocidade de uma lesma com preguiça, me dirigindo a uma nova empresa onde eu não conheço ninguém, exceto pelo Tae que, francamente, às vezes mais me mata do que ajuda.

— Estou ansioso, Jijico! — Tae diz, tirando-me dos meus pensamentos enquanto balança de um lado para o outro, inquieto como sempre.

— Por favor, não surta quando ver os donos. — Peço, com a minha cara mais blasé possível, sem tirar os olhos do espelho metálico do elevador. Meus cabelos ruivos estão perfeitamente alinhados e minha maquiagem está  impecável. É bom que esse lugar seja digno do meu tempo.

Porque demorei quase uma eternidade escondendo todas as minhas sardas do rosto.

— Vou tentar... — Ele responde, mas o sorriso travesso que se forma em seu rosto diz tudo. Tentar, sei. Tate tentando não surtar é como um incêndio "tentando" não queimar tudo ao redor.

— Se você me envergonhar na frente desses caras, eu juro, Kim Taehyung, que vou te fazer usar terno no resto da semana inteira. — Ameaço, apontando o dedo pra ele, enquanto ele tenta disfarçar a risadinha. — E aqueles bem apertados.

Tae coloca a mão no peito, fingindo ofensa. — Ai, Jiminie, que cruel. Logo eu, que te acompanho em todas as loucuras? E você quer me punir desse jeito? — Ele revira os olhos dramaticamente.

— Acompanhar, sim. Ser um tsunami de vergonha alheia em público? Não, obrigado. — Retruco, enquanto o elevador faz aquele barulho irritante que indica que estamos chegando ao andar certo.

As portas se abrem e o ambiente parece gritar dinheiro, mas aquele tipo de dinheiro que prefere andar de terno e gravata, do tipo que faz você engolir o próprio sarcasmo pra não perder o salário. O que, claro, eu não vou fazer. Se tem uma coisa que eu não faço é baixar a cabeça, não importa o quão rico alguém seja. A última pessoa que tentou me dar uma ordem sem eu pedir acabou chorando no banheiro.

E eu não estou brincando.

Tae e eu damos os primeiros passos pelo escritório gigantesco e minimalista, com aquelas paredes de vidro que fazem parecer que estamos flutuando sobre a cidade. Claro, toda essa modernidade me dá coceira. Eu prefiro o caos, mas não posso negar que esses caras têm estilo.

Set me free - Dancing with fire.Onde histórias criam vida. Descubra agora