Jimin sempre viveu sua vida de forma controlada, meticulosa, até que é contratado pela imponente e enigmática empresa de Jeon Jungkook, um CEO que exala poder e perigo. No início, Jungkook parece apenas o chefe irresistivelmente sedutor, mas à medid...
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Eu estou ferrado. Totalmente ferrado. Porque, contra todas as probabilidades, acho que estou começando a gostar do Jungkook. E, sinceramente, isso é uma merda. Não faz sentido. Ele é o cara que já infernizou a minha vida, o cara que me persegue como se fosse um stalker de manual. Pior ainda, ele é meu inimigo. Quer dizer, quem em sã consciência começaria a gostar do próprio inimigo?
Mas aí está o problema: eu não sou normal. Nunca fui.
Estamos deitados no quarto dele agora, e é estranho como tudo parece mais fácil quando estamos assim. Ele está concentrado no celular, como se o mundo lá fora fosse mais interessante do que o que temos aqui. E eu estou aqui, só observando. Tento não pensar demais, mas minha mente não colabora.
O problema é que, quando ele não está todo vestido naquela arrogância impenetrável, naquela fachada de “nada me abala”, ele é diferente. E é isso que me confunde. Quando Jungkook deixa de lado essa máscara de gelo que ele adora usar, eu vejo quem ele realmente é. E, por mais que eu odeie admitir, gosto disso.
Gosto muito.
— Você vai continuar me encarando ou quer tirar uma foto, Park? — Ele pergunta, sem desviar os olhos do celular.
Reviro os olhos e sorrio de canto, sentindo a necessidade de provocá-lo. Porque essa é a nossa dinâmica, não é? Provocações e mais provocações. Mas, no fundo, eu sei que há algo mais.
— Eu tiraria uma foto, mas quem garante que você vai sair bonito? Seu ridículo. — Respondo, sem nem tentar disfarçar o sarcasmo na minha voz.
Ele abaixa o celular só o suficiente para me lançar aquele olhar de “você não vale nada” e ri, soprando um riso baixo.
— Bonito? Não preciso de garantias, eu sou bonito o tempo todo. — Ele responde com a típica confiança.
Eu balanço a cabeça, rindo um pouco. Ele é insuportável... e ainda assim, é tão fácil estar aqui. Por mais que nossas provocações sejam constantes, tem uma leveza em tudo isso.
Eu me viro de lado, apoiando a cabeça no braço para continuar olhando para ele. Eu não queria gostar, mas quanto mais tempo passo com ele, mais eu percebo que talvez já tenha passado desse ponto faz tempo. E é isso que me assusta. Jungkook é caos e calma ao mesmo tempo, ele me dá a adrenalina de estar sempre à beira de uma discussão e, ao mesmo tempo, me faz sentir um tipo de paz que eu nunca tive.
— Você não vai desistir de mim, vai? — Pergunto, meio no impulso, meio por curiosidade.
Ele ergue uma sobrancelha, finalmente largando o celular de lado, e me olha como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo.
