Capítulo vinte e seis.

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"Amar é encontrar a eternidade em cada instante, onde duas almas se entrelaçam e criam um universo só delas."

#Foguinhoekooko.
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Aquela noite estava densa, como uma cortina de sombras que não se dispersava. No banco do meu carro, o silêncio reinava, quebrado apenas pelo som do motor em ponto morto. Eu podia sentir a adrenalina pulsando devagar, como uma fera adormecida, esperando o momento certo para atacar. Henry... esse maldito mimadinho acha que pode se meter na minha vida? Acha que pode se aproximar do que é meu, como se fosse uma questão de poder, de influência?

Ele quer o Jimin, quer tomar o que é meu, como se eu fosse apenas um obstáculo. Só que ele não faz ideia com quem está lidando. E nem vai ter tempo de entender. Hoje à noite, ele vai aprender.
Pesquisei sobre a vida dele, e entendi bem o tipo de garoto mimado ele é. Adora garotas de programa, ama encher até o rabo de tanta bebida com o dinheiro do papai, e sua brincadeira favorita é trair as namoradas que ele arruma, sim... Eu sei de tudo.

Aí ele pensa que vai fazer o meu homem de objeto? Mas nem por um caralho, a burrice deve estar fodendo com a cabeça dele.

Estava esperando há quase uma hora, estacionado na esquina da balada que Henry frequentava. O típico playboy, vivendo de festas e contatos, achando que a vida era um jogo de tabuleiro onde ele sempre seria o rei. Mas hoje ele não tinha controle de nada. A máscara de caveira estava no banco ao meu lado, pesada, grotesca, do jeito que eu queria.

A porta da balada finalmente se abriu e lá estava ele. Henry, cambaleando um pouco, um cigarro na boca e aquele sorriso arrogante de quem acha que a vida nunca vai lhe dar uma rasteira.
Mal sabia ele que sua vida estava prestes a virar de cabeça para baixo. Quando ele dobrou a esquina, afastei-me do carro, colocando a máscara sobre o rosto e ajustando o capuz. Fui até ele sem hesitação.

A balada estava cheia de gente, mas ninguém percebeu quando o agarrei por trás, cobrindo sua boca para abafar qualquer som que ele tentasse fazer. Puxei-o para um beco escuro, seu corpo se debatendo, mas sem força suficiente para resistir. Ele não era nada. O pavor em seus olhos começou a crescer, e foi aí que me dei conta de como seria fácil.

— Quem é você? — ele tentava falar. — Sabe com quem você está fazendo isso?

Soprei um riso.

— Calma, Henry, o pior ainda nem começou. —  sussurrei ao seu ouvido antes de jogá-lo no banco traseiro do carro.

Fechei a porta com força e entrei no lado do motorista, dirigindo em silêncio até um local mais isolado, sem câmeras, sem testemunhas. Tudo que eu podia ouvir era sua respiração apressada, o som abafado de um animal preso, desesperado, tentando entender o que estava acontecendo.

Quando cheguei ao local, parei o carro em uma estrada abandonada e puxei Henry para fora. Ele estava tremendo agora, suando frio, encarei seus olhos azuis e eu consegui ver o medo tomando conta dele. Era assustador como a confiança sumia do rosto dele, como o terror o desfigurava.

— Você acha que pode entrar na vida do Jimin assim? — Minhas palavras saíram secas, gélidas. — Acha que pode tomar o que é meu?

Set me free - Dancing with fire.Onde histórias criam vida. Descubra agora