Capítulo onze.

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"Continua me lambendo assim
Esfregando essa língua em mim
Desse jeito vou chegar ao fim"🍊

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Ah… a maldita adrenalina. A maldita intensidade. Eu nunca entendi muito bem por que isso sempre me atraiu, mas é como um imã, me puxando para o olho do furacão. Eu sempre vivi num contexto diferente, onde a minha vida precisava ser regrada, cada passo medido com perfeição. Porque, veja bem, eu não era magro o suficiente, eu não era bom o suficiente... pelo menos não para o meu pai.

O lema da minha vida sempre foi "Seja perfeito."

E, olha, isso não era só uma frase solta; era uma ordem. Eu não podia errar, não podia tropeçar como qualquer outro adolescente desajustado. Qualquer deslize era um crime. "Seja perfeito. Seja perfeito." Isso ecoava na minha cabeça como um maldito mantra, eu odiava tudo aquilo que meu pai me forçava a ser. Só tive um namorado na minha vida, e foi horrível. Além do namoro ser péssimo e meio abusivo meu pai descobriu da pior forma a minha sexualidade.

Ele me levou para "curas homossexuais" em um internato, tentou de todas as formas tirar essa "doença" de mim. Desde então, eu me fechei para relacionamentos.

Talvez seja exatamente por isso que essa intensidade doentia me atraia tanto. Porque, porra, eu nunca tive a chance de quebrar nenhuma regra. Nenhuma. Eu cresci com medo de cometer o menor erro, então agora, esse lado oculto... esse lado perigoso, ele me chama. E eu não sei como resistir. Eu amo sentir a porra da adrenalina correndo pelas veias. A intensidade queima e... bom, talvez seja por isso que estou aqui, me agarrando ao meu chefe/stalker numa mistura de luxúria e desespero.

Céus, Park Jimin... Que porra você está fazendo? — Eu mesmo me pergunto.

Eu rio internamente, meus dedos apertam o colarinho do terno do Jeon enquanto nossas bocas se colidem de novo. Mas, em minha primeira defesa? Eu sempre preferi os vilões. E, em minha segunda defesa… Jeon é um gostoso de primeira. Que atire a primeira pedra quem nunca se deixou levar por um vilão que é bonito até doer.

Mas isso não muda porra nenhuma, eu ainda o odeio, eu ainda o desprezo... Mas porra, que delícia de beijo, que delícia de pegada.

— Você tem noção do quão fodido isso tudo é, não é? — murmuro entre um beijo e outro, minhas mãos deslizam pela nuca dele, e puxo levemente seus cabelos, fazendo com que ele solte um suspiro de desejo que faz meu estômago dar voltas. Mas eu mantenho o controle, ou pelo menos tento.

— Você acha que dou a mínima? — ele retruca com aquela voz grave e fria que ele sempre usa para tentar me intimidar. Spoiler: não funciona.

Set me free - Dancing with fire.Onde histórias criam vida. Descubra agora