-Capítulo 178. Medidas de Segurança (1)

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Leah sorriu amargamente ao imaginar o funeral de seu pai, com todos os nobres de Estia reunidos. Ninguém ali lamentaria. Ela não podia protestar; nem mesmo sua própria filha havia derramado uma única lágrima. Mas pelo menos seu corpo receberia um enterro adequado.

Agora Blain tomaria o trono. Ela se preocupava com o que o homem insensível e violento faria para atormentar os empregados do palácio, mas balançou a cabeça e deixou esses pensamentos de lado. Ela não deveria pensar em Estia no dia do seu casamento.

Comendo algumas das tâmaras que Mura havia deixado para ela, Leah deixou seus pensamentos se encherem de outras coisas.

Depois de um tempo, Mura retornou com uma pequena bandeja contendo uma flor vermelha sem caule. Leah colocou a flor na boca para que parecesse estar florescendo de seus lábios. Até que ela conhecesse Ishakan, ela teria que carregar a flor até lá.

Seguindo Mura para fora, ela subiu em uma magnífica liteira. Parecia pesada, mas suas damas de companhia a levantaram sem nenhum sinal de dificuldade e a carregaram para um pequeno prédio nos fundos do palácio, evitando os hóspedes barulhentos. O pequeno anexo ali era usado apenas para eventos importantes. Um pequeno muro cercava o prédio de pedra branca, de modo que apenas seu teto abobadado podia ser visto.

“Você deve ir sozinha daqui,” disse Mura enquanto a deixavam diante da porta em arco. “Ishakan está esperando lá dentro…”

Leah assentiu e entrou no pátio murado, interiormente impressionada. O ambiente atrás do muro era completamente diferente, com pequenos ladrilhos em padrões elaborados no chão e canais de água fluindo em quatro direções. Pequenas flores flutuavam na superfície da água límpida, revelando os ladrilhos no fundo dos canais.

Pequenas lanternas estavam distribuídas ordenadamente para iluminar toda a área. O caminho que Leah seguiu era coberto por um tapete de seda vermelha que se estendia até o prédio. Os sinos tilintavam em seus tornozelos quando ela se aproximava da porta.

Respirando fundo diante da porta escura de madeira, ela a abriu. O interior era mal iluminado, com cortinas em todas as janelas, a luz brilhando fracamente lá dentro. O luar caía em cascata pela abertura circular no teto.

Leah olhou para a lua cheia atrás de nuvens finas, então se virou para olhar para o quarto. Era diferente de qualquer lugar que ela já tinha visto antes. No centro havia uma cama circular, colocada sob a janela no teto para que o luar iluminasse seus lençóis brancos. Ao lado dela havia uma pequena mesa e uma poltrona.

Mas não importava para onde ela olhasse, ela não via Ishakan. Além da cama, Leah encontrou um lugar coberto por um fino pano pendurado. Cautelosamente, ela se aproximou.

“Lea.”

Uma voz falou do outro lado do pano. Rapidamente ela o puxou para o lado, sentindo o cheiro de álcool. Leah automaticamente deu um passo para trás.

“……!”

Ela quase deixou a flor cair na boca, piscando em perplexidade. Ela se lembrou do que Mura havia dito.

— Estabeleceremos medidas de segurança.

Leah esperava que ela fizesse alguma coisa, já que estava tão preocupada, mas ela nunca teria imaginado isso.

O grande pilar de ferro diante dela não combinava com nada mais no pequeno edifício. Ishakan sentou-se na frente dele com os braços amarrados e a parte superior do corpo envolta em correntes pesadas. Quando ele levantou a cabeça, ela viu que ele estava vendado com um pano vermelho. De repente, ele sorriu. Quando ele falou, sua voz era calorosa.

“Olá, minha noiva.”

Predatory marriage novel (PT BR🇧🇷) Onde histórias criam vida. Descubra agora